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Braga Jazz 2006

Qui 9-Mar
Braga
Parque de Exposições
21.30
Anouar Brahem trio "Le Pas Du Chat Noir"- AB (oud), François Couturier (p) Jean-François Matinier (ac)
Sex 10-Mar
Braga
Parque de Exposições
21.30
Pino Minafra Sud Ensemble - PM (t, flis, mfone) Livio Minafra (tec) Vincenzo Mazzone (bat) Sandro Satta (sa) Giovanni Maier (ctb) Lauro Rossi (tb) Carlo Actis Dato (st, sb)
23.00
Bruce Barth 7tet - BB (p) Scott Wendholt (t) Luis Bonilla (tb) Brad Leali (sa, ss) Adam Kolker (st) Doug Weiss (ctb) Montez Coleman (bat)
Sáb 11-Mar
Braga
Parque de Exposições
21.30
Paulo Gomes 5teto/ Fátima Serro/ Julian Arguelles- PG (p), FS (voc), JA (s) Hugo Carvalhais (ctb) Bruno Pedroso (bat)
23.00
Jamie Baum 7tet - JB (fl) Shane Endsley (t) George Colligan (p) Johannes Weidenmuller (ctb) Jeff Hirshfield (bat) Douglas Yates (cl-b) Tom Varner (trom)

O festival Braga Jazz 2006 começa da melhor maneira com o trio de Anouar Brahem. Nascido na Tunísia, Brahem é um virtuoso do oud (uma espécie de alaúde árabe), que desde o início dos anos 90 explora uma área onde se cruza a música árabe e o Jazz. Membro da família ECM, o disco "Thimar", de 1998, com Dave Holland e John Surman, chamou a atenção da comunidade do Jazz.

Músico impressionista, intenso, sempre inspirado, lírico e harmonioso, Brahem abre o Braga Jazz 2005 da melhor forma. Anouar Brahem será acompanhado em Braga por François Couturier ao piano e Jean Louis Matinier em acordeão, músicos que já fizeram com ele "Le pas du chat noir" de 2002 e "Le Voyage de Sahar" já deste ano.

Sexta-feira o Braga Jazz tem um concerto duplo com o Sud Ensemble de Pino Minafra e o septeto de Bruce Barth.

Pino Minafra é um "incendiário". Membro permanente da Italian Instabile Orchestra, é dele um dos mais aclamados temas, interpretado e cantado (declamado/ gritado) com o auxílio de um megafone numa dramatização que se tornou emblemática da Instabile, e dele mesmo. O Sud Ensemble tocou em Guimarães há uns anos e regressa agora para apresentar a novo disco, "Terronia". O septeto é constituído por quatro sopros e secção rítmica e promete levar o Braga Jazz ao rubro.

A segunda parte será porventura mais calma: Bruce Barth é um músico mainstream, "pos-bop", um pianista reconhecido pela excelência da sua técnica. O seu toque é um cruzamento original de Herbie Hancock, Bill Evans, McCoy Tyner e Chic Corea. Capaz de acompanhar cantores ou brilhar no seio de uma orquestra, BB tem já várias nomeações para os Grammy. A formação que o acompanha, com quatro poderosos sopros, poderá iludir as expectativas de um fim de noite calma.

O festival encerra no Sábado, também com dois concertos, o primeiro dos dois, um quinteto liderado pelo pianista Paulo Gomes, um músico com um já extenso currículo, a prometer um bom início de noite. O saxofonista Julian Arguelles e a cantora Fátima Serro são outros dois nomes em evidência no quinteto, que se completa com Hugo Carvalhais e Bruno Pedroso. É provável que o repertório seja constituído principalmente por música do álbum de Gomes-Serro, "Quinto Elemento", gravado em 2005.

O festival termina com a excitante música da flautista Jamie Baum.

A pouco comum composição do combo que se apresenta em Braga – flauta, trompa, clarinete baixo, trompete e secção rítmica -, permite antecipar um grande concerto. Não sendo considerada uma música de vanguarda, a inspiração da flautista ultrapassa em muito o convencional do Jazz, entre Bela Bartok, Stravinsky, Eric Dolphy e Ornette Coleman, e é de grande frescura e criatividade. Atenção aos músicos, todos eles de primeira água. O último disco de Jamie Baum foi gravado para a Omnitone e dá pelo nome de "Moving Forward, Standing Still".

Um estimulante verdadeiro grande final em perspectiva.

 

Apresentação de Braga Jazz 2006

in Agenda Jazz (newsletter), 7 de Março de 2006