Festa do Jazz - São Luiz
2011 - 9.ª Festa do Jazz do São Luiz
Crítica
Tenho referido por diversas vezes que o que faz a importância da Festa do Jazz do São Luiz são os miúdos, o seu entusiasmo e o seu gosto pela descoberta e saudável competição. E foi esta festa que uma vez mais aconteceu, agora com a particularidade de entrarem a concurso várias escolas superiores de Jazz, atestando o interesse crescente do género entre os jovens em Portugal.
Uma selecção cuidada de concertos em paralelo, não apenas o que melhor e mais interessante se faz entre nós, mas melhor dizendo, «o estado da arte», completa a programação da «Festa» que é no seu formato única em Portugal, e cujo critério faz dele «O» festival de Jazz de Lisboa.
Antes de prosseguir, queria prestar também a minha homenagem ao Director do São Luiz cessante, Jorge Salavisa, pelo apoio que ofereceu estes anos todos ao projecto de Carlos Martins, e afinal ao Jazz em Portugal. Assim a semente tenha vingado, e o novo director, José Luís Ferreira, e toda a equipe do São Luiz, mantenham o mesmo entusiasmo e apoio, e a Festa do Jazz se prolongue por muitos anos.
Por razões profissionais não pude assistir a todos os concertos da Festa. Aqui fica o registo do que vi.
Bernardo Sassetti
O concerto de abertura da Festa coube a Bernardo Sassetti, cuja figura detém um capital de simpatia significativo entre o público. Sassetti explorou a faceta da sua música mais «visual», numa linha que o aproxima do que faz, por exemplo, Eleni Karaindrou, e que decorre muito naturalmente da música que tem composto para o cinema. Os melhores momentos da noite estavam reservados para os clássicos "Bird & Beyond" e "Bemsha Swing".
Maria João e Orquestra Jazz de Matosinhos
A primeira noite completar-se-ia com a antecipação do espectáculo de Maria João com a Orquestra Jazz de Matosinhos.
Tenho uma enorme admiração pela voz de Maria João, como reconheço da mesma forma o valor da Orquestra de Jazz de Matosinhos, que é já hoje uma orquestra de nível internacional.
O espectáculo que nos foi dado a ver do São Luiz esteve no entanto sempre vários furos abaixo do nível a que estamos acostumados a ver de ambos. A orquestra esteve sempre excessivamente cautelosa e Maria João nunca se solta. Mas a debilidade do concerto residiu fundamentalmente na fraqueza de João Farinha e André Nascimento a quem é atribuido um protagonosmo excessivo, que se revelaram sempre pouco imaginativos, e não estão claramente à altura, enquanto instrumentistas, do exigível para a ambição do projecto.
Carlos Martins
São raras as aparições ao vivo do decano do saxofone Carlos Martins e já não sabíamos dele desde a apresentação de «Água», no ano passado. Carlos Martins voltou ao São Luiz para um espectáculo onde estiveram patentes as suas qualidades. Sem quaisquer preocupações de originalidade, numa fórmula de risco, Carlos Martins limitou-se a tocar o que sabe e gosta, e que no seu estilo coltraneano acrescenta algo da lusofonia que sempre procurou.
No Project
Os No Project de João Paulo, Nelson Cascais e João Lencastre sofrem do problema da ausência do projecto que parecem enaltecer no nome do grupo. Mas um encontro ocasional de amigos a fazer «livre improvisação», que pouco mais é que um exercício de fuga sistemática à composição, revelou muito pouca consistência.
Sem projecto.
Joana Machado
A procura de originalidade é um caminho pedregoso. Joana Machado procurou em «Travessia dos Poetas – Rosapeixe» um reportório português, com incidência nos poetas contemporâneos Nuno Júdice, Alberto Caeiro, Herberto Helder, Sophia de Mello Breyner e Ruy Belo. Mas creio que Joana Machado devia ouvir os poemas antes de os cantar, porque alguns deles, em especial Herberto Hélder, são literalmente indizíveis, quanto mais cantáveis. Tentar insuflar emoção em poemas surrealistas é um exercício espúrio, mas mesmo noutros autores, menos obscuros, a métrica irregular obstrui uma dicção assertiva.
Salvou-se o trabalho de Abe Rabade.
LUME
A LUME é uma das nossas mais estimulantes orquestras. À sua frente revelou-se um singular compositor – orquestrador, Marco Barroso, mas ela é composta pela crème de la crème do Jazz nacional, instrumentistas de nível superior, capazes de ler uma (exigente) pauta ou improvisar com emoção. Sobre o seu disco de estreia, escrevi há algum tempo (ver JazzLogical – Discos).
Sem surpresas, a LUME passou a prova de fogo do palco com distinção.
Rodrigo Amado
Rodrigo Amado é um saxofonista que se inspira directamente no free-jazz dos anos 70 mais impulsivo (e menos elaborado). Mas para um músico que privilegia a improvisação, o discurso soa sempre excessivamente ensaiado e repetitivo. Ainda assim neste seu Motian Trio, Amado procurou introduzir alguma composição e inovação, até na substituição do contrabaixo pelo violoncelo de Miguel Mira.
Mário Laginha
Mário Laginha atravessa um período de grande felicidade e o seu último disco - «Mongrel» -, que apresentou no São Luiz, é disso testemunho. Incursão pelo universo de um dos seus autores fetiche, Chopin, «Mongrel» é uma verdadeira heresia, mas é igualmente uma das suas obras mais inspiradas. Acresce que o Mário Laginha Trio é uma das mais sólidas e duradouras formações portuguesas e a comunicação entre eles é verdadeiramente empática.
PRÉMIOS 2011
ESCOLAS DE MÚSICA
Melhor Combo
Conservatório de Música da Jobra – Branca, Albergaria-a-Velha
Gabriel Neves - sax tenor / Bruno Ribeiro – vibrafone / Leonardo Outeiro - guitarra
Fábio Rocha – contrabaixo / Gil Costa – bateria / professor: João Martins
Menções Honrosas – Melhor Combo
Sítio dos Sons – Coimbra
Guilherme Pinto – guitarra / António Gois – guitarra / João Neves – piano / Ricardo Marques – baixo
Guilherme Melo – bateria / Professor: João Freitas
Escola de Jazz do Porto
Tânia Castro – voz / Luis Castro - voz, bombardino / João Caseiro – guitarra / Ricardo Moreira – piano
Daniel Gomes – contrabaixo / Daniel Tércio – bateria / Professor: Pedro Barreiros
Melhor Instrumentista
João Pereira (bateria) Escola de Jazz Luiz Villas-Boas / HCP – Lisboa
Ricardo Marques (baixo eléctrico) Sítio dos Sons – Coimbra
Menções Honrosas – Melhor Instrumentista
Luís Castro (voz, bombardino) Escola de Jazz do Porto
Gil Costa (bateria) Conservatório de Música da Jobra – Branca, Albergaria–a-Velha
ESCOLAS SUPERIORES DE MÚSICA
Melhor Combo
ESMAE – Esc. Superior de Música e das Artes do Espectáculo (Porto)
Javi Pereiro – trompete / Andreia Santos – trombone / Felipe Villar – guitarra
Andreu Juanola – vibrafone / Pablo Reyes – piano / Manuel Brito – contrabaixo / Filipe Monteiro – bateria
Professores: Nuno Ferreira, Michael Lauren
Melhor Instrumentista
António Quintino (contrabaixo) ESML- Escola Superior de Música de Lisboa
Menções Honrosas – Melhor Instrumentista
Javi Pereiro (trompete) ESMAE - Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo (Porto)
Francisco Andrade (sax tenor) Universidade de Évora
Javi Del Barco (bateria) Universidade de Évora
Diogo Santos (piano) Universidade Lusíada de Lisboa
Apresentação
O
destaque da semana vai todo para a Festa
do Jazz do São Luiz, organização
da Associação Sons da Lusofonia e do Teatro Municipal São
Luiz, que decorre de 1 a 3 de Abril, sexta a domingo. Com a programação
mais ambiciosa de sempre, mas mantendo-se fiel à sua linha e ao
seu formato, o festival leva este ano aos quatro palcos do São Luiz
a nata do Jazz nacional, entre veteranos e a nova geração,
entre o bebop, o free jazz e o Jazz contemporâneo, entre duos, trios,
quartetos e orquestras, todo o tipo de formações e combinações
de instrumentos. Para além de que eu considero o melhor do festival,
que é o desfile das escolas de Jazz de todo o país – 17
escolas – envolvendo uma centena de aprendizes. As três noites
do festival não se completam sem as habituais jam sessions e o festival
convidou o galego Abe Rabade e a canadiana Kris
para as masterclass que decorrerão às 15 horas de sábado e domingo.
A direcção artística é de Carlos Martins e a produção
executiva de Luís Hilário.
O festival começa - sexta 1 - com o que é provavelmente o mais
longevo dos combos de Jazz nacionais: o consagrado trio de Bernardo
Sassetti. O grupo deverá tocar
composições retiradas do seu mais recente CD, Motion.
Grande expectativa gera o concerto seguinte que põe a voz de Maria
João à frente
da mais importante das grandes formações nacionais - a Orquestra
Jazz de Matosinhos. O projecto, que gerou um disco, conta com nove canções,
entre standards, temas retirados do cancioneiro popular brasileiro e originais
de Maria João e Mário Laginha, e tem arranjos de Pedro Guedes,
Carlos Azevedo, Paulo Perfeito e Telmo Marques. A direcção da
orquestra é de Pedro Guedes.
Música de alto risco espera o fim da noite no Jardim de Inverno, onde
Debussi encontra o Jazz pela mão dos JazzPoll
NRW, um grupo que reúne
músicos alemães e nacionais de acordo com uma ideia de Wolfgang
Schmidtke e Peter Weiss e conta ainda com os portugueses João
Moreira João
Paulo Esteves da Silva e ainda Hugo
Read.
A noite acaba com uma jam session, a decorrer no Jardim de Inverno.
O sábado começa
com os concertos das escolas de Jazz que decorrerão
toda a tarde,
e às 16 e 18 toca no Spot a dupla João
Hasselberg e João
Firmino, guitarra e contrabaixo dois músicos que
se conhecem de há muito.
O trio do veterano Carlos Martins, com Carlos Barretto e Alexandre Frazão,
regressa pelas 17 no Teatro-Estúdio Mário Viegas à difícil
fórmula do trio de saxofone.
Segue-se um quinteto dirigido por Jeffery Davis e Nuno Ferreira Quinteto,
dois músicos maiores do panorama Jazz nacional
e o quarteto de Hugo Carvalhais – Nebulosa – que tem como convidado
no saxofone Émile Parisien.
Os No Project de João Paulo Esteves da Silva, Nelson Cascais e João
Lencastre abrem as hostilidades na Sala Principal pelas 20.00 num (não)
projecto onde a liberdade é o princípio.
O festival prossegue com Joana Machado e Travessia dos Poetas – Rosapeixe,
um trabalho que gerou um CD realizado em parceria com Abe Rábade, responsável
pela música dos temas.
A segunda orquestra a pisar o palco principal do São Luiz é a LUME
- Lisbon Underground Music Ensemble, um irreverente e estrondoso projecto
do compositor Marco Barroso que reunirá quinze dos melhores músicos
nacionais (ver texto sobre a LUME em «JazzLogical – CDs»).
A noite acaba no Jardim de Inverno com o Ensemble
Escola de Jazz Luiz Villas-Boas / HCP – 2010 que ganhou o prémio para o melhor combo das escolas
de música (cursos não superiores) na Festa do Jazz 2010,
a que se segue a jam session, também no Jardim de Inverno.
As
escolas de Jazz têm o privilégio do início
da tarde de domingo no Jardim de Inverno, a partir das 14.00.
Guto
Lucena e Luís Ruvina, hammond e saxofone, são os responsáveis
pela animação do spot, às 16 e 18.
O grupo de Miguel Amado apresenta no Teatro-Estúdio Mário Viegas
o seu último CD para a TOAP, This is Home,
A que se segue o irreverente e portentoso som do TGB, tuba-guitarra-bateria,
ou seja, Sérgio Carolino, Mário Delgado e Alexandre Frazão.
Pelas 19 e no mesmo Estúdio, toca o Rodrigo Amado «Motion Trio»,
com Miguel Mira e Gabriel Ferrandini.
O
programa da noite abre – na sala nobre do São Luiz – com
a música de Chopin reescrita e reinterpretada por Mário
Laginha
para o seu trio, com Bernardo Moreira e Alexandre Frazão no que foi
um dos melhores discos do ano passado: Mongrel.
À
s 21.00 sobe ao palco o novo grupo de Sara Serpa para apresentar Mobile, o
seu novo disco, inspirado nas experiências da cantora a viver em New
York. O grupo conta com André Matos na guitarra, Kris
Davis no piano, Masa Kamaguchi contrabaixo e Tommy Crane bateria.
Nelson Cascais e The Golden Fish completam a noite na sala dourada. Seguro
contrabaixista, Cascais vem-se revelando um dos mais interessantes compositores
do Jazz nacional.
A entrega dos prémios para os melhores combos das escolas ocorrerá pelas
00.15 no Jardim de Inverno, a que se seguirá
a actuação
do Ensemble ESMAE 2010, melhor combo das escolas de música superiores
da Festa do Jazz 2010,
E a festa termina com uma última jam session, enquanto houver fôlego.
Sex 1-Abr |
Teatro
São Luiz (SP) |
21.30 |
Bernardo
Sassetti Trio |
Bernardo Sassetti (p), Carlos Barretto (ctb), Alexandre Frazão (bat) |
Teatro
São Luiz (SP) |
23.00 |
Maria João + Orquestra Jazz de Matosinhos “Amoras
e Framboesas” |
Maria João (voz), Pedro Guedes (dir), Carlos Azevedo (p), Mário Santos (s), João Pedro Brandão (s), José Luís Rego (s), José Pedro Coelho (s), Rui Teixeira (s), Paulo Perfeito (trb), , Daniel Dias (trb), Álvaro Pinto (trb), Gonçalo Dias (trb), Rogério Ribeiro (t), Susana Silva (t), Gileno Santana (t), José Silva (t), Nuno Ferreira (g), Demian Cabaud (ctb), Marcos Cavaleiro (bat) + João Farinha (f-r), André Nascimento (programações) | |
Teatro
São Luiz (JI) |
00:15 |
JazzPoll NRW – “Impressionado” |
João Moreira (t), Hugo Read (sa), Wolfgang Schmidtke (ss), João Paulo Esteves da Silva (p), Robert Landfermann (ctb), Peter Weiss (bat) | |
Teatro
São Luiz (JI) |
01:00 |
Jam-Session |
||
Sáb
2-Abr |
Teatro
São Luiz (JI) |
14.00/ 19.50 |
Concertos com os Combos das Escolas de Jazz |
|
Teatro
São Luiz
(TEMV) |
15.00 |
Masterclass
c/ Abe Rábade |
||
Teatro
São Luiz (Spot) |
16.00 e 18.00 |
João Firmino + João
Hasselberg |
João Firmino (g), João Hasselberg (ctb) | |
Teatro São Luiz (TEMV) |
17.00 |
Carlos Martins Trio |
Carlos Martins (st, ss), Carlos Barretto (ctb), Alexandre Frazão (bat) |
|
Teatro São Luiz (TEMV) |
18.00 |
Jeffery Davis / Nuno Ferreira Quinteto |
Jeffery Davis (vib), José Pedro Coelho (st), Nuno Ferreira (g), Demian Cabaud (ctb), Marcos Cavaleiro (bat) |
|
Teatro São Luiz (TEMV) |
19.00 |
Hugo Carvalhais “Nebulosa” c/
Emile Parisien |
Émile Parisien (ss), Gabriel Pinto (p, sint), Hugo Carvalhais (ctb), Mário Costa (bat) |
|
Teatro
São Luiz (SP) |
20.00 |
No Project |
João Paulo Esteves da Silva (p), Nelson Cascais (ctb), João Lencastre (bat) |
|
Teatro
São Luiz (SP) |
21.30 |
Joana Machado
e Abe Rábade “ Travessia dos Poetas – Rosapeixe” |
Joana Machado (voz), Abe Rábade (p), Demian Cabaud (ctb), Bruno Pedroso (bat), João Moreira (t, flis), Jesus Santandreu (st), Ana Cláudia Serrão (celo) |
|
Teatro
São Luiz (SP) |
23.00 |
L.U.M.E. – Lisbon
Underground Music Ensemble |
Marco Barroso (dir, p), Luís Cunha (trb), Eduardo Lála (trb), Pedro Canhoto (trb), João Almeida (t), João Moreira (t), Pedro Monteiro (t), Manuel Luís Cochofel (f), Paulo Gaspar (cl), Jorge Reis (ss), João Pedro Silva (sa), José Menezes (st), Elmano Coelho (sb), Miguel Amado (b-el), André Sousa Machado (bat) |
|
Teatro
São Luiz (JI) |
00:15 |
Ensemble Escola
de Jazz Luiz Villas-Boas / HCP – 2010 |
Joana Alegre (voz), Ricardo Toscano (sa), Miguel Amorim (p), Nuno Marinho (g), André Rosinha (ctb), Pedro Madeira (bat) |
|
Teatro
São Luiz (JI) |
01:00 |
Jam-Session |
||
Dom 3-Abr |
Teatro
São Luiz (JI) |
14.00/ 19.10 |
Concertos com os Combos das Escolas de Jazz |
|
Teatro
São Luiz
(TEMV) |
15.00 |
Masterclass c/Kris Davis |
||
Teatro
São Luiz (Spot) |
16.00 e 18.00 |
Duo - Guto Lucena
+ Luís Ruvina |
Guto Lucena (st, f), Luís Ruvina (hamm) |
|
Teatro São Luiz (TEMV) |
17.00 |
Miguel Amado
Group “This is Home” |
João Moreira (t), André Fernandes (g), Ruben Alves (p), Miguel Amado (b-el), Vicky (bat) | |
Teatro São Luiz (TEMV) |
18.00 |
TGB |
Sérgio Carolino (tu), Mário Delgado (g), Alexandre Frazão (bat) |
|
Teatro São Luiz (TEMV) |
19.00 |
Rodrigo Amado Motion Trio |
Rodrigo Amado (st), Miguel Mira (celo), Gabriel Ferrandini (bat) |
|
Teatro
São Luiz (SP) |
20.00 |
Mário Laginha Trio «Mongrel» |
Mário Laginha (p), Bernardo Moreira (ctb), Alexandre Frazão (bat) |
|
Teatro
São Luiz (SP) |
21.30 |
Sara Serpa – “Mobile” |
Sara Serpa (voz), André Matos (g), Kris Davis (p), Masa Kamaguchi (ctb), Tommy Crane (bat) | |
Teatro
São Luiz (SP) |
23.00 |
Nelson Cascais “The
Golden Fish” |
Matt Renzi (st), André Fernandes (g), Oscar Graça (p), Nelson Cascais (ctb), André Sousa Machado (bat) |
|
Teatro
São Luiz (JI) |
00.00 |
Entrega dos
Prémios |
||
Teatro
São Luiz (JI) |
00:15 |
Ensemble ESMAE - 2010 |
Ricardo Formoso (t), Rui Freitas (vib), Mané (g), Fernando Rodrigues (p), Sérgio Tavares (ctb), Alex Coelho (bat) |
|
Teatro
São Luiz (JI) |
01:00 |
Jam-Session |
ESCOLAS DE MÚSICA | |
Sáb
2 ABRIL 14h40
- Interartes – Escola de Musica e Tecnologia – Cascais |
Dom 3 ABRIL
|
|