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Jazz em Agosto 2017

 

 

 

DISSONÂNCIAS, SEGUNDA SEMANA

Não tenho por hábito fazer grandes antecipações críticas dos concertos ou festivais, pelo menos negativamente, em grande medida pelo respeito que os músicos e os organizadores dos eventos me merecem, preferindo eleger os acontecimentos que se me afiguram mais importantes; sendo verdade que muitos músicos superam ao vivo as minhas expectativas.

Como informei os leitores de JazzLogical, pela primeira vez na sua história, o Jazz em Agosto não me atribuiu a acreditação para fazer a cobertura e crítica do festival. Por razões que desconheço, não sei se apenas a mim, invocando razões administrativas, mas no que de qualquer forma não pode deixar de ser entendido como um acto lesivo do direito de informação e crítica que deve assistir a todo o acontecimento cultural e que o público merece conhecer.
A minha suspeita de que a decisão do Jazz em Agosto não é inocente é agravada pelo facto de – há já dois ou três anos - JazzLogical ter sido retirado da mailing list do festival, o que na altura tinha considerado um mero lapso, mas que agora adquire outra dimensão.

E, enfim, arrisco a alguma injustiça na minha previsão da segunda semana, determinada apenas pelo que conheço, da audição dos discos dos diversos grupos e músicos, concertos ou de informação dispersa, e reconhecendo que muitas vezes os músicos conseguem superar as limitações que os discos revelam. Sendo que o contrário também é possível.  

Peter Brotzman & Heather Leigh - CD «Sex Tape» 2017 ()
Amanhã mesmo, segunda-feira, um dos mais regulares visitantes do Jazz em Agosto, Peter Brotzman, apresenta-se este ano ao lado da guitarrista Heather Leigh (exímia na técnica do pedal steel guitar, como é referido), mas do encontro não se espere qualquer evolução no sentido da construção harmónica, bem pelo contrário. Igual a si mesmo, ao longo de mais de quarenta anos, a música de Brotzman esgota-se na energia que coloca (nos decibéis); nenhuma subtileza; e Leight apenas deverá acrescentar electricidade. Segunda, 31 de Julho.

Susana Santos Silva - CD «Life and Other Transient Storms» 2016 ()
A notável representação nacional estará a cargo de Susana Santos Silva, no que é, a meu ver, o mais sólido dos seus projectos escandinavos: «Life and Other Transient Storms», gravado para a Clean Feed no ano passado. Há algo da herança europeia de Don Cherry neste disco, embora lhe falte, talvez, algum do seu calor; mas ele possui a solidez musical mais que suficiente para merecer a nossa atenção. Terça 1 de Agosto.

Sudo Quartet - CD «Live at Banlieue Bleue» 2012 ()
O colectivo que apresenta a segunda representação nacional – o Sudo Quartet, onde toca Carlos Zíngaro – merece-me menos entusiasmo, não porque os seus membros se considerem ou não músicos de Jazz, mas porque a sua música carece de consistência, substituída por exibicionismo improvisacional ou pela introdução de formas desgarradas, como as intervenções operáticas de Joelle Leandre ou as exibições excêntricas de Lovens. Quarta, 2 de Agosto.

Starlite Motel - CD «Awosting Falls» 2016 ()
Poucas expectativas também para o Starlite Motel, que conta com Jamie Saft e Ingebrigt Håker Flaten como membros proeminentes. Mas claramente a invocada ascendência Larry Young do hammond de Jamie Saft se afoga na violência monocórdica do saxofone. E esperemos pelo outro Jamie Saft que conhecemos. Quinta 3 de Agosto.

Larry Ochs CD «The Fictive Five» 2015 ()
Apresentei o The Fictive Five de Larry Ochs, outro reincidente, como o provavelmente mais braxtoniano momento do festival, mas talvez devêssemos acrescentar a mesma ascendência do Don Cherry europeu (referida para Susana Santos Silva), ou ainda da Globe Unity. Mas ao contrário do projecto de Susana Santos Silva, a veterania de Ochs, e do quinteto, parece jogar contra ele, já que a sua música se apresenta bastante menos consistente, exactamente na dispersão das referências, mas também no incipiente resultado final. Curiosa é a formação do quinteto, com dois contrabaixos, saxofone, trompete e bateria, e curioso é que se apresente como inspirado nas paisagens visuais de artistas plásticos e cineastas (entre os quais Wim Wenders), ficando por saber se a sua música vale por si só ou ela é um complemento das imagens. Nada como ouver. Sexta 4 de Agosto.

E pouco haverá a acrescentar ao que escrevi sobre os dois últimos concertos programados para o Jazz em Agosto 2017.

Human Feel EP «Party Favor» 2016 ()
Sobre os Human Feel: eles deverão fazer, de acordo com as minhas expectativas, o momento mais estimulante e contemporâneo do Jazz em Agosto 2017. Mas se Jim Black, Kurt Rosenwinkel, Chris Speed e Andrew D’Angelo são verdadeiramente quatro monstros de virtuosismo nos seus instrumentos, este projecto, nascido em 1989 (com um percurso atribulado em parte pela doença prolongada de D’Angelo), é verdadeiramente percursor de um tipo de fusão que combina Jazz, rock, free jazz e jazz de câmara, sendo que nenhum território está vedado para as explorações sonoras do quarteto, como o revelam os 17 minutos de música do EP editado em 2016. Do que me foi dado a ouvir no EP, é certo, não me foi possível retirar conclusões definitivas sobre os novos caminhos dos Human Feel, mas tendo em consideração o que Jim Black, ou Speed, ou Rosenwinkel, ou D’Angelo, são capazes em palco, e ainda sabendo do nível de músicos de Jazz de que estamos a falar, eu acredito que nenhum disco lhes fará alguma vez justiça. Da pertinência das minhas expectativas, os meus leitores me contarão. Sábado 5 de Agosto.

Dave Douglas CD «High Risk» 2015 ()
A festa deverá chegar, enfim, no último dia do Jazz em Agosto 2017, pelas mãos do projecto mais milesiano de Dave Douglas. Dave Douglas é uma das mais fortes personalidades do Jazz da actualidade, multiplicando-se em projectos que vão da reinvenção do Jazz de New Orleans (com que se apresentou neste mesmo Jazz em Agosto e no Angra Jazz há dez anos) à fusão com outros géneros, sem que por algum momento a sua música se descaracterize. O «High Risk», disco de 2015, traz um Dave Douglas enérgico, atravessado por uma pulsão que não pode deixar de evocar Miles Davis, até na forma como o trompete toca sobre a malha rítmica, e que as electrónicas ajudam também a construir. Com o Jazz como referência, a música de Dave Douglas é arrogantemente moderna, sólida, sem complexos de se aventurar pela pop, pelo funky ou pela «steet music» norte-americana. Domingo, 6 de Agosto.

Ainda, nos fins de tarde o concerto solo do contrabaixista Pascal Niggenkemper  (sexta, 4) e a última representação nacional, de Pedro Sousa & Pedro Lopes, saxofones e electrónica (sábado 5), e ainda, à margem do festival, o lançamento editorial do livro «Life is a simple mess» de Travassos, autor de algumas das mais interessantes capas da editora Clean Feed (4 de Agosto no final do concerto da noite).

Como escrevi no texto de antecipação da semana passada, o Jazz em Agosto afirma-se como uma mostra do Jazz periférico ou alternativo ao mainstream, entre projectos que com frequência radicam no free-jazz e no que foi a vanguarda dos anos 60, até outros que claramente partem de outras áreas e onde a referência ao Jazz é apenas marginal. Nesta linha de diversidade, o Jazz em Agosto exclui, e constrói-se contra ou na ausência, do Jazz mainstream, e da diversidade que faz o Jazz contemporâneo. É uma linha com méritos e deméritos, de alto risco, que se pretende moderna, mas onde a modernidade com frequência também se esquiva, alternando entre o melhor - e muitos e sólidos projectos têm passado pelo festival, como tenho escrito-, e outros que o tempo rapidamente esqueceu.

Se antecipei como o concerto mais interessantes da primeira semana, o projecto de fusão jazz-música espectral-rap de Steve Lehman, Sélébéyone, para esta semana os melhores momentos deverão estar a cargo (e porque Jazz matters) dos Human Feel, Dave Douglas, e ainda Susana Santos Silva. Não se espere pela vanguarda, mas, se algo acontecer de surpreendente, a surpresa deverá vir dos Human Feel.
Mas, pois, prognósticos só no fim do jogo, e os meus leitores me contarão.

30 de Julho de 2017


E AINDA

E enfim, para que a minha avaliação que, repito, se baseia apenas nos discos editados pelos músicos e não nos concertos, a que não assisti, torna-se necessário incluir também os discos referentes aos três primeiros concertos do festival (e recuperando o que escrevi na antevisão do festival). Aqui vai, pois.

Steve Lehman CD «Sélébéyone», 2016 ()
O músico com que o Jazz em Agosto 2017 abriu o festival, Steve Lehman, tem um passado recente de pesquisa na denominada música espectral, e a seriedade das suas propostas mereceu a atenção generalizada da crítica internacional (com «Travail, Transformation and Flow» e «Mise en Abîme» a lograr alcançar os lugares cimeiros também da votação da crítica nacional nos anos de 2009 e 2014). Com Sélébéyone, de 2016, Steve Lehman investe no rap, numa forma que combina as suas pesquisas anteriores. 


David Torn
«Sun Of Goldfinger», 2016 (); CD «Only Sky» 2015 ()
David Torn, que lhe segue, é um músico atípico, um guitarrista de culto com referências dispersas entre o rock, o Jazz, o free e alguns outros folclores mais obscuros. O trio com que se apresenta na Gulbenkian, de que conheço apenas gravações vídeo retiradas da internet, são dessa dispersão exemplo paradigmático, mas são também - escondido em decibéis, disparando para todo lado, num caos que sugere uma fuga para a frente - a demonstração da incapacidade de os reunir consequentemente: muito trabalho a fazer. Mais interessante se me afigura o disco solo para a ECM, onde Torn parte da exploração da guitarra, partilhando das técnicas de dedilhado que também são de Mary Halverson ou Joe Morris, mas onde ele consegue uma muito maior coesão, alternando uma espécie de caos controlado (se não fosse uma contradição) com momentos mais poéticos.

Coax Orchestra CD «Lent et Sensuel», 2014 ()
Do mesmo mal (da dispersão) sofre Julien Desprez e a sua Coax Orchestra que parecem encontrar, ainda assim, alguma consistência no rock progressivo e no Ornette mais pop, mas a atracção pela pirotecnia e (o tal) gosto de disparar para todo lado, deixa os poucos momentos bons a perder.

7 de Agosto de 2017

 


O JAZZ EM AGOSTO E AS DISSONÂNCIAS

Ao solicitar acreditação para fazer a cobertura do Jazz em Agosto, fui surpreendido, no início da semana, com a informação de que, devido a alteração da política da Gulbenkian Música, não haveria mais acreditações para os jornalistas, decisão em que o JazzLogical estava incluído.
Nunca tal tinha antes acontecido, nem durante os onze anos do JazzLogical, nem antes, no período em que dirigi a All Jazz. E perante a minha incredulidade, a mesma informação foi-me confirmada, sem mais explicações.
Não posso, é claro, saber as verdadeiras razões para o sucedido, se a medida se dirige apenas a mim, se se deve a um acto de censura, ou apenas a uma qualquer disposição administrativa pouco razoável, mas a atitude do Jazz em Agosto não pode deixar de ser entendida como um acto lesivo do direito de informação e crítica que deve assistir a todo o acontecimento cultural e que o público merece conhecer.
Em boa verdade, o Jazz em Agosto não está a impedir-me de assistir ao festival e de escrever o que quiser, pelo que tecnicamente não poderá ser considerado um acto de censura, mas, dado que desde há dois anos fui retirado da mailling list do Jazz em Agosto (e no ano passado não solicitei acreditação porque não estava em Lisboa), não posso deixar de suspeitar que a atitude do Jazz em Agosto não foi inocente.
Conhecendo o panorama da crítica de Jazz em Portugal e sabendo que, provavelmente, não haverá nenhuma outra crítica isenta e fundada, dados os interesses pessoais ou de outro tipo que movem os críticos da nossa praça, a decisão do Jazz em Agosto é, no mínimo, questionável.
Estarei, dirão alguns, talvez, a dar-me demasiada importância. Talvez seja demasiada a minha presunção. Mas para os leitores que esperam de mim a crítica ao festival cumpre-me informá-los de que este ano tal não acontecerá, ao contrário do que seria expectável até pelo artigo de antecipação que há dias publiquei.
Compreenderão os meus leitores que, se venho desde sempre a fazer a cobertura de todos os acontecimentos jazzísticos nacionais a que me é possível assistir, e o faça voluntariamente, por amor ao Jazz, eu não deva, ainda assim, ter de pagar para escrever.
A crítica independente é necessária. É lamentável que o Jazz em Agosto tenha outro entendimento. Para um festival que se pretende dissonante, ele parece acatar muito mal as dissonâncias.

Leonel Santos

28 de Julho de 2017


Jazz em Agosto 2017

Esta semana começa o Jazz em Agosto.
Assumidamente marginal (do ponto de vista do Jazz), a programação do Jazz em Agosto tem procurado sempre apresentar projectos que fogem ao mainstream, e nessa construção como festival «alternativo» o Jazz em Agosto tem assente desde sempre a sua coerência. Se alguns dos projectos radicam no velhinho free-jazz dos anos 60, em inúmeros outros a matriz será mais o rock ou a música contemporânea, em formas que por vezes parecem mais corresponder à concepção de «instalação artística» que de Jazz ou mesmo de música, mesmo sendo verdade que na música como em nenhuma forma de arte não existem portas estanques.

O músico com que o Jazz em Agosto 2017 abre o festival, Steve Lehman, por exemplo, tem um passado recente de pesquisa na denominada música espectral, e a seriedade das suas propostas mereceu a atenção generalizada da crítica internacional (com «Travail, Transformation and Flow» e «Mise en Abîme» a lograr alcançar os lugares cimeiros também da votação da crítica nacional nos anos de 2009 e 2014). Com Sélébéyone, de 2016, Steve Lehman investe no rap, numa forma que combina as suas pesquisas anteriores. 

David Torn, que lhe segue, é um músico atípico, um guitarrista de culto com referências dispersas entre o rock, o Jazz, o free e mesmo alguns folclores mais obscuros, enquanto Julien Desprez e a sua Coax Orchestra encontram no rock e no Ornette mais pop (do período «Dancing in Your Head») a matriz da irreverência com que se apresentam.
O reincidente (habitual no Jazz em Agosto) ícone do free mais radical Peter Brotzman, por outro lado, associa-se à guitarra de Heather Leigh, num projecto que não deverá ultrapassar as margens do free, e o concerto que se segue trará ao Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian Susana Santos Silva e as suas mais recentes experiências com músicos escandinavos.
A segunda representação nacional pertence a Carlos Zíngaro, que há muito navega em áreas de improvisação afastadas do Jazz, integrado num colectivo - Sudo Quartet - que conta ainda com Joëlle Léandre, Sebi Tramontana e o histórico Paul Lovens na bateria. 
O Starlite Motel, que tem Jamie Saft e Ingebrigt Håker Flaten como membros proeminentes, anuncia-se como um projecto onde o Jazz e o rock confluem, numa «combustão sonora» de «jazz quanto de rock em estado bruto e de soul demoníaca», é o grupo que se segue, antes de outro reincidente, Larry Ochs, numa associação com dois contrabaixos, bateria e saxofone, antecipando o (provavelmente) mais braxtoniano dos concertos deste ano.

Os dois últimos concertos do Jazz em Agosto deverão ser, com o primeiro, no meu entender, os mais interessantes da programação do Jazz em Agosto 2017.

Os Human Feel - Jim Black, Kurt Rosenwinkel, Chris Speed e Andrew D’Angelo - são, não apenas quatro monstros de virtuosismo nos seus instrumentos, mas este projecto, nascido em 1989 (com um percurso atribulado em parte pela doença prolongada de D’Angelo), é verdadeiramente percursor de um tipo de fusão que combina rock, free jazz (e música de câmara como parecem por vezes sugerir mais recentemente), com uma pulsão Jazz que não engana. Do que me recordo, os Human Feel passaram apenas por uma vez por Portugal, há uns quinze anos, em Oeiras. Do que me recordo, havia aventura, irreverência, alegria, energia … e Jazz.  
O último concerto do festival, deverá merecer também, e com razão, os aplausos do público. Dave Douglas é um dos mais sólidos músicos de Jazz da actualidade, multiplicando-se em projectos que vão do Jazz mais New Orleans à aventura sem peias. O «High Risk», disco de 2015, traz um Dave Douglas enérgico, atravessado por uma pulsão que não pode deixar de evocar Miles Davis, até na forma como o trompete toca sobre a malha rítmica, e que as electrónicas ajudam também a construir. Com o Jazz como referência, a música de Dave Douglas é arrogantemente moderna, sólida, sem complexos de se aventurar pela pop, pelo funky ou pela «música da rua». Auspicia-se um concerto de encerramento em festa.

Ainda, no Jazz em Agosto, e nos fins de tarde ao longo das duas semanas, os concertos solo de Steve Lehman, Julien Desprez «Acapulco Redux», Pascal Niggenkemper  e as duas últimas representações nacionais, Pedro Sousa & Pedro Lopes, saxofones e electrónica.

As minhas apostas, como deverei ter deixado claro, vão para o Sélébéyone de Steve Lehman (28 de Julho), Human Feel (5 de Agosto) e Dave Douglas «High Risk» (6 de Agosto).

23 de Julho de 2017

 

Sex 28 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Steve Lehman «Sélébéyone» Steve Lehman (sa), HPrizm (rapper), Gaston Bandimic (rapper), Maciek Lassere (ss), Carlos Homs (tec), Chris Tordini (b-el), Damion Reid (bat)
Sáb 29 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(CM-N)
18.30 Jazz em Agosto Steve Lehman solo Steve Lehman (sa)
Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto David Torn
«Sun of Goldfinger»
David Torn (g-el), Tim Berne (sa), Ches Smith (bat)
Dom 30 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(A2)
18.30 Jazz em Agosto Julien Desprez «Acapulco Redux» Julien Desprez (g-el)
Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Coax Orchestra Antoine Viard (s), Aymeric Avice (t, per), Julien Desprez (g-el), Simon Henocq (g-el), Romain Clerc-Renaud (tec), Xuan Lindenmeyer (b-el), Rafaëlle Rinaudo (hpa-el), Yann Joussein (bat)
Seg 31 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Peter Brötzmann & Heather Leigh Peter Brötzmann (sa, st, cl, taro), Heather Leigh (g)
Ter 1 Ago Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Susana Santos Silva «Life and Other Transient Storms» Susana Santos Silva (t, flis), Lotte Anker (st, ss), Sten Sandell (p), Torbjörn Zetterberg (ctb), Jon Fält (bat)
Qua 2 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Sudo Quartet Carlos Zíngaro (v), Joëlle Léandre (ctb), Sebi Tramontana (trb), Paul Lovens (bat)
Qui 3 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Starlite Motel Jamie Saft (hamm), Ingebrigt H. Flaten (b-el), Kristoffer Alberts (sa, st), Gard Nilssen (bat)
Sex 4 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(A2)
18.30 Jazz em Agosto Pascal Niggenkemper Pascal Niggenkemper (ctb)
Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Larry Ochs
«The Fictive Five»
Larry Ochs (st, ss), Nate Wooley (t), Ken Filiano (ctb), Pascal Niggenkemper (ctb), Harris Eisenstad (bat)
Sáb 5 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(CM-N)
18.30 Jazz em Agosto Pedro Sousa & Pedro Lopes Pedro Sousa (st, sb, el), Pedro Lopes (elec)
Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Human Feel Jim Black (bat, elec), Kurt Rosenwinkel (g-el), Chris Speed (st, cl), Andrew D’Angelo (sa, clb)
Dom 6 Lisboa Fundação Caloute Gulbenkian
(AAL)
21.30 Jazz em Agosto Dave Douglas
«High Risk»
Dave Douglas (t), Ian Chang (bat), Jonathan Maron (b-el), Shigeto (elec)