JOE ZAWINUL
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Tinha acabado na semana
passada de escrever o
meu epitáfio a Max Roach,
quando soube que Joe Zawinul tinha também desaparecido.
Nascido em 1932 em Viena de Áustria, Zawinul começa por estudar piano clássico (mas aprendeu também clarinete, acordeão, também viola, trompete e vibrafone). Depois da guerra interessa-se pelo Jazz e em 1956 forma o seu primeiro grupo. Após ganhar uma bolsa nos Estados Unidos começa a tocar com Ella Fitzgerald, depois Dinah Washington, Coleman Hawkins, Oliver Nelson, Roy Haynes, Thad Jones, Slide Hampton (com quem começa a trabalhar em composição), e outros. Em 1967 tocava com Cannonball Adderley e em 1968 com Miles Davis. E em 1969 participa na grande aventura que foi Bitches Brew. Nascia o Jazz eléctrico e o supremo virtuoso Zawinul tocava piano eléctrico e teclados de toda a sorte. Nos anos seguintes explorava os órgãos e sintetizadores que acrescentava aos wurlitzer, aos Hammond e aos Fender Rhodes. Ainda em 71 junta-se a Wayne Shorter e Miroslav Vitous (e Airto Moreira e Alphonse Mouzon) para criar um dos grupos mais populares de sempre: o amaldiçoado e idolatrado Weather Report. Nascia um monstro, disseram. O Jazz-Rock começou aqui (ou teria começado dois anos antes com Miles?), para o melhor e para o pior. Mas os Weather Report eram de facto grande música e os teclados de Zawinul eram responsáveis por uma boa parte do seu sucesso; em grande medida pela aura de modernidade que transportavam. Nos anos seguintes inúmeros clones surgiriam, mas o génio e a frescura dos WR não seria ultrapassado. No meio dos anos 80 o projecto tinha-se esgotado e a banda desfez-se e Zawinul seguiu o seu caminho com o The Zawinul Syndicate. Na música que explorou nos anos seguintes são denominadores comuns a luxúria eléctrica e uma espécie de frenesi rítmico colorido e uma procura de uma dimensão composicional que tinha deixado lá atrás, associados a uma alegria imensa de tocar. O derradeiro trabalho do pianista tem a participação de WDR Big Band e arranjos de Vince Mendonza numa imparável, deliciosa e inspirada evocação do melhor dos Weather Report.
Farewell, dear master; farewell, dear companion!
Nascido em 1932 em Viena de Áustria, Zawinul começa por estudar piano clássico (mas aprendeu também clarinete, acordeão, também viola, trompete e vibrafone). Depois da guerra interessa-se pelo Jazz e em 1956 forma o seu primeiro grupo. Após ganhar uma bolsa nos Estados Unidos começa a tocar com Ella Fitzgerald, depois Dinah Washington, Coleman Hawkins, Oliver Nelson, Roy Haynes, Thad Jones, Slide Hampton (com quem começa a trabalhar em composição), e outros. Em 1967 tocava com Cannonball Adderley e em 1968 com Miles Davis. E em 1969 participa na grande aventura que foi Bitches Brew. Nascia o Jazz eléctrico e o supremo virtuoso Zawinul tocava piano eléctrico e teclados de toda a sorte. Nos anos seguintes explorava os órgãos e sintetizadores que acrescentava aos wurlitzer, aos Hammond e aos Fender Rhodes. Ainda em 71 junta-se a Wayne Shorter e Miroslav Vitous (e Airto Moreira e Alphonse Mouzon) para criar um dos grupos mais populares de sempre: o amaldiçoado e idolatrado Weather Report. Nascia um monstro, disseram. O Jazz-Rock começou aqui (ou teria começado dois anos antes com Miles?), para o melhor e para o pior. Mas os Weather Report eram de facto grande música e os teclados de Zawinul eram responsáveis por uma boa parte do seu sucesso; em grande medida pela aura de modernidade que transportavam. Nos anos seguintes inúmeros clones surgiriam, mas o génio e a frescura dos WR não seria ultrapassado. No meio dos anos 80 o projecto tinha-se esgotado e a banda desfez-se e Zawinul seguiu o seu caminho com o The Zawinul Syndicate. Na música que explorou nos anos seguintes são denominadores comuns a luxúria eléctrica e uma espécie de frenesi rítmico colorido e uma procura de uma dimensão composicional que tinha deixado lá atrás, associados a uma alegria imensa de tocar. O derradeiro trabalho do pianista tem a participação de WDR Big Band e arranjos de Vince Mendonza numa imparável, deliciosa e inspirada evocação do melhor dos Weather Report.
Farewell, dear master; farewell, dear companion!
Discografia Seleccionada de/ com Joe Zawinul:
In a Silent Way, 1969, Columbia (Miles Davis)
Bitches Brew, 1970, Columbia (Miles Davis)
Live-Evil, 1970, Columbia (Miles Davis)
Weather Report, 1971, Columbia (Weather Report)
Streetnighter, 1973, Columbia (Weather Report)
Dialects, 1986, Columbia, (Weather Report)
Black Market, 1976, Columbia (Weather Report)
8:30, 1979, Columbia (Weather Report)
Lost Tribes, 1992, Columbia
Brown Street, 2006, Birdland
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