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Kamasi Washington

 

7 de Junho 2016, Teatro Tivoli

Apresentado em todo o mundo como a nova revelação do Jazz, o menos que se pode dizer é que ele se revelou uma decepção. Não fui dos embandeirou em arco com o épico – The Epic - álbum de 2015 do saxofonista, a meu ver excessivamente ambicioso, mas medianamente consistente, mas também o concerto pouco teve a ver com o disco.
Desconcertantemente funky e soul, Kamasi Washington parece uma vez mais ter cedido à produção, oferecendo ao público o que o público gosta: pop. A máquina que está por detrás de Kamasi Washington produziu dele uma imagem de jovem rebelde (rebeldia também para com o Jazz) e será significativo observar que a maioria do público que encheu o Tivoli era constituído por jovens que tinham ido beber a informação ao … Blitz. Nada de grave, bem pelo contrário, se a música estivesse à altura. Mas se de Jazz ela teve pouco, a rebeldia parece-lhe ter ficado pelos cabelos e pela parte do espectáculo que não tinha a ver com a música (duas baterias que faziam a mesma coisa, um organista que fazia o pino...).
E, enfim, se Kamasi não é um mau saxofonista, claramente o melhor músico em palco foi … o pai.
A verdade é que eu não tive tempo para me chatear, até porque secretamente eu não perco uma oportunidade de abanar o capacete, e assim fiz: afinal estavamos num concerto de funky.

 

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