Tendo começado a tocar bateria com apenas 12 anos, Paul Motian tornou-se conhecido pela colaboração no final dos anos 50 com Bill Evans. O trio com o contrabaixista Scott laFaro (e Evans) estabeleceu um novo paradigma do trio de piano, onde os três instrumentos formavam um triângulo equilátero. Com Bill Evans tocou em alguns álbuns fundamentais da história do Jazz: «New Jazz Conceptions» (Riverside, 1957), «Sunday at the Village Vanguard» (Riverside, 1961) e «Waltz for Debby» (Riverside, 1961), entre outros. Os seus predicados chamaram a atenção de outros pianistas como Keith Jarrett, que acompanhou durante dez anos, ou Paul Bley com quem gravou sete discos. Paul Motian gravou mais de trinta discos como líder onde revelou singulares dotes de escrita - que resultam de e onde se revela o seu estilo sofisticado e intimista - e um ouvido atento que se conjuga com uma forte capacidade de liderança. A Electric Bebop Band do início dos anos 90 (Kurt Rosenwinkel, Steve Cardenas, Steve Swallow, Chris Potter, Chris Cheek, Joshua Redman…) fez furor, mas é possível encontrar na sua discografia uma boa dúzia de discos muito bons. O trio com Joe Lovano e Bill Frisell (que passou pelo Jazz em Agosto em 1986) ou as sessões do Village Vanguard (já deste milénio, gravadas para a Winter & Winter) fizeram momentos incontornáveis do jazz contemporâneo. Até ao fim da vida não deixou de tocar e gravar, embora nos últimos anos a sua saúde o impedisse de viajar.
Paul Motian foi um dos mais importantes músicos de Jazz das últimas quatro décadas; um nome incontornável na história do Jazz.
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