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Cabu

Cabu (Jean Maurice Jules Cabut, 1938 - 2015) foi um prolífico cartunista e caricaturista francês, com uma vasta obra dispersa por um sem-número de publicações de todo o tipo e editado em dezenas de álbuns, ao longo de mais de três décadas, entre os quais o Paris Match, Le Canard Enchaîné, Hara-Kiri (de que foi um dos fundadores), Charlie Mensuel, Pilote e Charlie Hebdo. Entre as suas mais populares criações, estão os personagens Grand Duduche, Adjudant Kronenbourg e Mon Beauf.

O seu humor corrosivo dirigia-se ao cidadão francês comum, racista e sexista, e ao cinismo da moral conservadora, mas também à política e aos políticos, às religiões e ao poder, tendo-se tornado muito cedo, devido à incorporação forçada no exército aquando da guerra da Argélia, num fervoroso militante anti-militarista.

“Anarquista praticante”, como se intitulava, Cabu foi alvo de inúmeras críticas e processos judiciais, acabando por pagar com a vida a sua liberdade e irreverência no ataque cobarde ao Charlie Hebdo, em 2015. 

Jazz: Musique de libération: Cabu era um amante de Jazz e as referências à grande música negra encontram-se espalhadas por inúmeras caricaturas e pranchas ao longo dos anos, reunidas em várias edições, como uma das edições francesas da série livro-CD BD Jazz (Le Jazz de Cabu, sub-intitulada “une petite histoire de swing de Louis Armstrong à Miles Davis…”) e uma outra na mesma colecção dedicada a Cab Calloway, com argumento de Pitet.

A prancha que se expõe, uma caricatura de Dizzy Gillespie, pertence ao álbum Cabu in Jazz, uma reunião de cartoons e caricaturas de 2007, e foi gentilmente autorizada pela viúva, Mme Véronique Cabut.

Cabu in Jazz, pg. 57, Cabu, 2007
Dessin Cabu : © V. Cabut