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Funchal Jazz 2016

 

Gregory Porter
Tendo assistido ao concerto de Gregory Porter no ano passado em Angra do Heroísmo, o meu texto exprimia, creio eu, pelo comedimento nos elogios, um entusiamo moderado. Longe de ter feito um mau concerto, o mais premiado dos cantores de Jazz da actualidade esteve ainda assim longe de me «encher as medidas». Eu sabia que Porter tinha tido uma viagem atribulada e tinha chegado atrasado (aliás o concerto de sábado foi adiado para o dia seguinte) devido a uma tempestade de neve, mas também a banda me surgiu ocasionalmente desequilibrada, mesmo se eficaz. O concerto do Funchal encarregou-se de me esclarecer: Gregory Porter não apenas fez o melhor concerto do festival, como revelou o seu lugar na cena Jazz actual.
Creio que poderia dizer que ele é um cantor soul suportado por uma banda de Jazz, mas ainda assim não diria tudo sobre o que assistimos no Funchal Jazz. Ele confirmou a sua ascendência pop negra, soul, romântico, bluesy, com maneirismos que remetem para o gospel e a igreja, como é bastante comum em muitos músicos negros americanos. Mas a forma como a sua voz entrosa com a banda (ou como a música da banda entrosa na voz de Porter), esclareceram porque não apenas ele é o ídolo do público, mas também a tolerância da crítica perante um cantor que não obedece aos cânones tradicionais e que nem sequer canta standards – ele possui um repertório muito «humanista» - e que está sempre a fugir para «fora de pé».
Dotado de uma voz de barítono que aqui e ali me lembrou o cantor romântico Barry White – também nas canções («Hey Laura») – ele arrisca a pop com uma displicência e simplicidade desarmantes. À vontade no ocasional scat ou no esclarecedor «Papa Was a Rolling Stone» (The Temptations), Gregory Porter regressou ao palco para os dois únicos encores do Funchal Jazz.
Pelo caminho cantou hits dos seus discos - «Harlem», «Liquid Spirit», «Musical Genocide», «Water Under Bridges» e algumas novidades «Take Me To The Alley», entre outros.
«um cantor soul suportado por uma banda de Jazz », escrevi; mas de facto uma banda onde tudo respira o que de mais negro a tradição musical norte-americana possui. Projectados no ecran gigante por detrás dos músicos, era possível observar toda a exuberância e poder dos músicos: um saxofonista - Tivon Pennicott - mais comedido que Yosuke Satoh que tocou no ano passado, mas bastante mais consistente e ajustado ao grupo, e um baixista que puxava as cordas do instrumento com uma violência incomum; para além do pianista - Chip Crawford - e do baterista - Emanuel Harrold - que tinham tocado também em Angra. E se o baterista se demonstrou igualmente poderoso e eficiente, o pianista (o único branco da banda) - um acompanhante sensível e atento no acompanhamento da voz nos momentos mais líricos – por vezes explodia revelando a negritude do mais duro da tradição bop.

Vale a pena referir a passagem da banda pelo Scat – o bar onde se realizaram diariamente as jam sessions. Confirmando o que escrevi sobre Jahmal Nichols, o baixista partiu uma corda do contrabaixo dois minutos depois de começar a tocar, sendo obrigado a passar para o baixo-eléctrico. Entre standards e uma muito extended version do «Superstition» do Stevie Wonder, fui-me deitar, já muito depois das três, mas a noite continuava. Dois músicos portugueses asseguravam com galhardia a representação nacional: Ricardo Toscano e o trompetista madeirense Alexandre Andrade. Todo o gozo do Jazz numa noite memorável!

Fred Hersch
O Funchal Jazz abriu com o trio do pianista Fred Hersch. Pianista sensível e elegante, Fred Hersch granjeou um lugar à parte no panorama internacional, devido à sua forte personalidade harmónica e um conhecimento enciclopédico da história do Jazz que usa sem parcimónia. O que não deixa de ser curioso em Hersch é que, ao contrário de outros músicos, ele não usa os temas simplesmente como argumento, mas transforma-os, reescreve-lhes a melodia. Mesmo nos compositores mais angulosos como Monk ou Ornette Coleman, nem sempre foi possível reconhecer os temas. Dream of Monk e Lonely Woman, respectivamente, estão entre os citados, mas outros, como o seu próprio Whirl, com que começou o concerto, apenas me foi possível reconhecer porque anunciado.
Erudito na construção harmónica, onírico no universo, Fred Hersch fez um concerto soberbo, apenas – contraditoriamente - penalizado pela dimensão da «sala» (e dispersão do público, que se passeia airosamente pelo jardim) que não lhe permitiu o brilho que merecia.
Banda coesa, de personalidades bem distintas, comungando do mesmo bem comum que é a música de Fred Hersch.

Anthony Sanchez
Anthony Sanchez levou ao palco do Funchal Jazz um dos seus projectos de 2015, o Meridian Suite, que tocou de um só fôlego. Com ele, o Migration, uma banda onde pontuavam o jovem John Escreet, um pianista que cresceu muito rapidamente nos últimos anos, o tremendo Seamus Blake no saxofone, o eficaz Matt Brewer (ctb) e a voz de Thana Alexa, para além de ele mesmo na bateria.
Em primeiro lugar uma observação que eu já tinha feito na audição do disco: a voz de Thana Alexa pouco acrescenta ao grupo, sendo até quase sempre dispensável. Não que ela não possua uma excelente voz, mas porque quase sempre se limita a dobrar o saxofone, ou, pior, a cantar em maneirismos que julgaríamos desaparecidos no tempo, muito semelhantes aos que por vezes Joe Zawinul utilizava.
A invocação do grande Joe Zawinul não é ocasional, já que alguns dos andamentos da suite o pareceram evocar na premência rítmica e até na fusão que arriscava; mas poderíamos invocar também o universo de Pat Metheny, que se sente mais no disco que conta com Adam Rogers na guitarra. A música – cinco temas -, integralmente composta por Sanchez (letra de Thana Alexa para «Imaginary Lines») pretende levar o baterista para um patamar para além do que é reconhecido (como baterista), prolongando o sucesso que obteve na composição da música para o filme Birdman de Iñárritu; e, mesmo se de certa forma a ambição o traiu – nem todos os temas possuem o mesmo nível, ele ganhou a noite. É verdade que ao seu lado teve sempre dois músicos fabulosos, que levantaram o nível da música muito para cima – John Escreet no piano e teclados, e a fera que dá pelo nome de Seamus Blake, que alternou o saxofone com um curioso EWI (electronic wind instrument), que parece dominar na perfeição; o que ajudou ao espectáculo, e que o público retribuiu generosamente.

Maria João e Mário Laginha
Sobre Maria João e Mário Laginha, eu tenho escrito por inúmeras vezes. E tenho dito por inúmeras vezes que, mesmo se nem tudo o que a Maria João faz está ao mesmo nível, ela é para mim a maior cantora do mundo. E quem não está de acordo comigo, é porque nunca a viu no palco.
A Maria João nasceu no palco, ou o palco foi feito para ela. A Maria João e o palco são a mesma coisa. Ela não apenas possui a voz, como a presença, ela faz tudo o que quer com a voz (e o corpo), e poderia cantar qualquer coisa: para nossa felicidade escolheu o Jazz (sendo que o Jazz para ela não começa nem acaba nos standards nem na música negra e crioula norte-americana).
Sobre Mário Laginha, ele é também uma personalidade única no panorama musical nacional, virtuoso, ecléctico, prolixo. Mas dizer isto não diz tudo, porque ele é um dos músicos que conheço que com mais facilidade cria empatias, ele ouve e interpreta, ele inspira-se nas personalidades para criar. A empatia que criou com a Maria João, como compõe e arranja para ela, é verdadeiramente singular, e uma felicidade poder ouvi-los.
O grupo que Laginha e João levaram ao Funchal contou ainda com dois músicos que com eles tocam há muito (Bernardo Moreira e Frazão são também os outros dois lados do trio de Mário Laginha), a que adicionaram o acordeão do jovem virtuoso João Frade. Creio que apesar de quase sempre interessante, talvez que o acordeão pudesse ser um pouco mais intrusivo, mas pareceu-me que estavam bastante a «experimentar». No resto, o grupo é uma máquina bem oleada e se Frazão é sempre um baterista exuberante, Bernardo Moreira é a âncora mais segura, tecendo o pano de fundo onde Laginha e João se espraiam.
O concerto começou a Maria João e o Mário Laginha, apenas, os dois a interpretar uma balada verdadeiramente digna da Nina Simone, continuando depois por uma mão cheia de canções que soubemos depois terem todas (com excepção, creio, de um tema de João Bosco) a letra de Maria João e a música inspirada de Laginha. A voz como instrumento, nunca foi tão verdade, a Maria João transfigura-se no palco, fala com o público, grita, dança. Um dos grandes momentos do Funchal Jazz 2016.

Rudresh Mahanthappa
Era grande a expectativa em torno do concerto de Rudresh Mhanthappa, até porque ele arrebatou praticamente todos os prémios da crítica internacional do ano passado como instrumentista e como compositor com Bird Calls, um disco que apela directamente à luxúria de Charlie Parker.
Diferente do disco, faltaram dois instrumentistas – o vigoroso baixo de François Moutin e o piano de Matt Mitchell, substituídos por Thomson Kneeland e Bobby Avey, respectivamente, que se mostraram à altura do desafio, mesmo se eu gostaria de poder ver a formação original em palco. Mas além do saxofonista estiveram o jovem Adam O’Farrill (21 anos!!!!!) no trompete e o monstro da bateria que é Rudy Royston.
Rudresh tocou o repertório do disco, entre as homenagens mais próximas de Charlie Parker – On The DL (Donna Lee), Maybe Later (Now’s The Time) ou Sure Why Not (Confirmation, Barbados), entre outros menos perceptíveis, com o seu saxofone quase sempre nos registos agudos, muito próximo do timbre típico da música indiana que ele declaradamente vem perseguindo. Não apenas no timbre, mas também na forma como as notas jorram em catapulta, num ímpeto que julgaríamos impossível.
Alta voltagem! – O discurso de Rudresh é sempre construído «lá em cima», em torrentes de notas que nos envolvem até ao esgotamento, e a banda nem por momentos afrouxa a pressão. Impressionante para mim, que nunca o tinha ouvido (apenas no disco) foi Adam O’Farrill (filho do pianista e chefe de orquestra cubano Arturo O’Farrill e neto de Chico O’Farrill, compositor, arranjador e também bandleader, também irmão e familiar de grandes músicos), trompetista com um punch portentoso, infalível nos uníssonos com o saxofone ou nas respostas; e o vulcão Rudy Royston, que já conhecia de outros concertos, a impulsionar o combo até aos limites.
E o céu é o limite para a banda de Rudresh Mahanthappa.

Sexteto de Jazz de Lisboa
Enfim, o Sexteto de Jazz de Lisboa – cuja reunião foi votada pela crítica de Jazz nacional como o Acontecimento do Ano 2015 – surgiu de uma ideia de António Curvelo e Manuel Jorge Veloso, que lhes propuseram a reunião, mas de vinte anos passados da edição do primeiro e único disco do sexteto. O desaparecimento de Jorge Reis tornou premente a reunião, tendo Ricardo Toscano substituído o saxofonista original. Por razões de calendário, o contrabaixista Pedro Barreiros não pôde tocar no Funchal, tendo sido substituído pelo eficiente Francisco Brito.
Temas de Mário Laginha e Tomás Pimentel, que se adivinham – Laginha trabalha muito a composição e as intervenções do piano e Pimentel tem um cuidado especial nos arranjos para os sopros – o grupo tocou o repertório antigo – «Véspera», «Muda», «Transição», «Uma Outra Gaveta», «Descolagem», «4+3», e o meu preferido, muito «Kenny Wheeler», «Opus»; todos eles a sugerir (há décadas) a modernidade e a autoridade dos grandes músicos que eles hoje são.
Concerto muito bonito.

Ricardo Toscano Quarteto
É necessário referir o grupo que nas noites de quinta a sábado alimentaram as jam sessions.
Sobre o nível destes quatro jovens extraordinários muito se tem dito (Toscano é – de novo - o músico do ano para a crítica nacional), mas é preciso dizer que é um prazer enorme vê-los e ouvi-los uma e outra vez.
Não haverá por certo em Portugal outro grupo tão bom para alimentar as jam sessions como este quarteto, e basicamente porque eles, não apenas são excelentes músicos apesar da idade, mas pelo gozo que transmitem quando tocam. É verdadeiramente o prazer de tocar, o prazer do desafio, o prazer de responder, o prazer de ouvir, o prazer do Jazz.
O repertório que tocam é, diríamos, insuperável. Muito Coltrane, mas também Shorter e alguns dos clássicos do Jazz mais exigentes. Não sou capaz de prever onde é que eles vão parar, o que é que vai acontecer, mas aqui e agora, isto é o melhor. E é muuuuito bom!
Assisti apenas às jams de sexta e sábado (parte, porque eu fui dormir e eles continuavam). Já vos contei um pouco da última noite, mas na noite anterior, num outro episódio memorável, Rudy Royston substituiu João Pereira e desafiou o resto do quarteto, pressionando, pressionando, pressionando, mais força, mais velocidade, mais força, mais velocidade. E o que é impressionante é que os putos responderam. Primeiro Ricardo Toscano, depois João Pedro Coelho (outra surpresa: eu tinha visto que ele era um bom pianista, mas que conseguia aguentar o tornado Royston, eu duvidaria) que aguentou fazendo as coisas certas com a velocidade e a força necessária. Enfim, quando foi a vez do Romeu Tristão, o baterista estava distraído e perdeu-se no meio da gargalhada geral.
É uma jam session, e é mesmo assim: Jazz e humor andam amiúde de mãos dadas!

O Funchal Jazz 2016
Com apenas três anos de idade, o novo Funchal Jazz, revelou já a sua personalidade de festival mainstream, encerrando uma era de concertos submetidos à lógica comercial dos grammies. Longe de ser um festival de vanguarda (o que quer que isso queira ser nos dias que correm) – o público do Funchal dificilmente compreenderia – o Funchal Jazz tem levado até si os músicos mais premiados da crítica internacional e nacional (músico do ano 2015 da crítica nacional, álbum do ano crítica internacional, saxofonista e compositor do ano internacional – Rudresh Mahanthappa e Bird Calls; Acontecimento do Ano Portugal 2015 – reunião do Sexteto de Jazz de Lisboa; vocalista do ano – masculino – Gregory Porter…); com um figurino de dois concertos por noite - seis concertos entre os quais dois nacionais – e fins de noite de jam sessions alimentadas por músicos nacionais, que em 2015 e 2016 foram os quatro fantásticos jovens do quarteto de Ricardo Toscano. Creio no entanto que talvez fosse possível, e desejável, organizar alguns concertos menos acessíveis ao grande público, obviamente para fora do palco principal, porque o Funchal e os funchalenses merecem conhecer o que de novo se faz.
O Funchal Jazz 2016 acabou: os funchalenses estão de parabéns.

Leonel Santos
(Leonel Santos esteve no Funchal jazz a convite do festival)

22 de Julho de 2016

Todas as fotos por Renato Nunes


 

Apresentação

No terceiro ano da programação do novo Funchal Jazz, a nova direcção confirma uma linha claramente mais ortodoxa, com a convocação do mais sólido do Jazz internacional. E se o ano passado o público do Funchal já tinha recebido o mais premiado Jazz, o cartaz do Funchal Jazz 2016 é verdadeiramente imbatível.

A começar, é claro, pelo que foi unanimemente considerado o Músico do Ano 2015 – também da crítica de Jazz nacional -, o saxofonista Rudresh Mahanthappa, que trará ao Funchal um dos mais premiados discos do ano passado, Bird Calls, um projecto de homenagem a um dos maiores saxofonistas da História do Jazz, Charlie Parker. Completando o quinteto de Mahanttappa que actuará no Funchal Jazz, estará um grupo de excelentes músicos, com destaque para o trompete acutilante do jovem Adam O'Farrill e o vulcânico Rudy Royston na bateria.

Mas da mesma forma os outros três nomes internacionais arrebataram também para eles os prémios para os melhores instrumentistas da crítica internacional na sua categoria: Fred Hersch, Antonio Sánchez e Gregory Porter, respectivamente em piano, bateria e voz.

Fred Hersch é um pianista verdadeiramente enciclopédico que tem no clássico trio de piano, baixo e bateria, a sua forma natural. Este é, ademais, um trio de notáveis, com provas dadas: Eric McPherson (bateria) e John Hébert (contrabaixo).

Antonio Sánchez tornou-se conhecido do grande público como o compositor da banda sonora do premiado Birdman (filme de Alejandro G. Iñárritu, 2014), mas ele tinha já antes disso uma sólida carreira como líder, com cinco discos gravados, ou como sideman ao lado de Pat Metheny, Enrico Pieranunzi, Michael Brecker, Chick Corea ou Gary Burton, entre outros. Antonio Sánchez vem a Portugal estrear-se com o quinteto Migration: atenção a John Escreet (piano) e Seamus Blake (saxofone)!

Gregory Porter é o nome que encerra o Funchal Jazz 2016, o barítono que arrebatou nos últimos anos todos os prémios para a sua categoria, da crítica, da indústria e do público. Voz bem modulada pelos blues e pela soul music, Porter terá o seguro aplauso dos amantes do Jazz vocal.

A representação portuguesa também estará no Funchal Jazz no seu melhor: Maria João e Mário Laginha, Sexteto de Jazz de Lisboa e Ricardo Toscano Quinteto.

Maria João e Mário Laginha dispensam apresentações: eles são a mais bem sucedida associação de músicos de Jazz nacional de sempre, o lugar onde o lirismo, a criatividade e o eclectismo de Mário Laginha melhor se revelaram, e onde toda a irreverência e força interior de Maria João se expuseram. O grupo que trazem ao Funchal contém a novidade do João Frade, um jovem e impetuoso acordeonista que se vem impondo na cena Jazz nacional.

O Sexteto de Jazz de Lisboa é a reunião contemporânea do lendário agrupamento de Jazz dos anos 80: Mário Laginha, Pedro e Mário Barreiros, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo e Jorge Reis, e que aqui homenageia Jorge Reis, um dos grandes saxofonistas nacionais, desaparecido em 2014, que ven sendo substituído pelo fogoso Ricardo Toscano. O reencontro do sexteto foi votado pela crítica nacional O Acontecimento do Ano 2015.

O último dos agrupamentos convocados para o Funchal Jazz repete a sua presença, com toda a justificação: é o Quarteto de Ricardo Toscano a quem cabe a responsabilidade pela animação das jam sessions no Scat, nas noites de quinta a sábado, depois dos concertos do Parque de St. Catarina. Quarteto de jovens músicos – todos com menos de 25 anos de idade – que corporizam em si a vitalidade do novo Jazz nacional, capazes de enfrentar de olhos nos olhos – como o público do Funchal teve a oportunidade de assistir no ano passado – os mais virtuosos músicos de Jazz de todo o mundo.

A par dos concertos no palco do magnífico Parque de Santa Catarina e das jam sessions que ocorrerão no Scat (Music Club and Restaurant), o Funchal Jazz 2016 terá ainda um concerto de apresentação, já no próximo dia 9, do Wilson Correia Trio e do Madeira Jazz Collective, no Scat, concertos na Avenida Arriaga e workshops e masterclasses que resultam de uma parceria com a CEPAM, e ainda exposições de desenho de Fagundes Vasconcelos e fotografia de Renato Nunes, no Teatro Municipal Baltazar Dias.

Leonel Santos

(Leonel Santos é convidado do Funchal Jazz)

(JazzLogical)

 

Sáb 9 Funchal Scat Music & Club 22.00 Wilson Correia Trio  
Madeira Jazz Collective  
Qui 14 Funchal Parque de St. Catarina 21.30 Fred Hersch Trio John Hébert (ctb), Eric McPherson (bat), Fred Hersch (p)
Antonio Sánchez & Migration Thana Alexa (voz), Seamus Blake (s), John Escreet (p), Matt Brewer (ctb), Antonio Sánchez (bat)
Scat Music & Club 24.00 Ricardo Toscano Quarteto
(jam session)
Ricardo Toscano (sa), João Pedro Coelho (p), Romeu Tristão (ctb), João Pereira (bat)
Sex 15 Funchal Parque de St. Catarina 21.30 Maria João & Mário Laginha Maria João (voz), Mário Laginha (p), Bernardo Moreira (ctb), Alexandre Frazão (bat), João Frade (aco)
Rudresh Mahanthappa
«Bird Calls»
Rudresh Mahanthappa (sa), Adam O’Farrill (t), Bobby Avey (p), Thomson Kneeland (ctb), Rudy Royston (bat)
Scat Music & Club 24.00 Ricardo Toscano Quarteto
(jam session)
Ricardo Toscano (sa), João Pedro Coelho (p), Romeu Tristão (ctb), João Pereira (bat)
Sáb 16 Funchal Parque de St. Catarina 21.30 Sexteto de Jazz de Lisboa Tomás Pimentel (t, flis), Ricardo Toscano (sa), Edgar Caramelo (st), Mário Laginha (p), Francisco Brito (ctb), Mário Barreiros (bat)
Gregory Porter Gregory Porter (voz), Chip Crawford (p),Tivon Pennicott (st), Jahmal Nichols (ctb), Emanuel Harrold (bat)
Scat Music & Club 24.00 Ricardo Toscano Quarteto
(jam session)
Ricardo Toscano (sa), João Pedro Coelho (p), Romeu Tristão (ctb), João Pereira (bat)

 

Programador/ Director Artístico PAULO BARBOSA
Iniciativa CÂMARA MUNICIPAL DO FUNCHAL