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Jazz em Agosto 2025
Excepção em cinco concertos
Esta semana
começa o Jazz em Agosto, que irá prosseguir na próxima semana, até domingo 10. Como sempre, o Jazz em Agosto prima pela irregularidade, entre o muito bom e o dispensável, e o festival deste ano não foge à regra.
Escusando-me de falar do que não considero ter interesse musical, ou de modernidade equívoca, as minhas recomendações vão para cinco concertos que antecipo de excepçãoPatricia Brennan Septet, mais do que uma reunião de músicos sérios, um grupo coeso e uma música de grande energia e inventiva. Do grupo falamos de figuras como o saxofonista Jon Irabagon; Adam O’Farrill, filho e neto de grandes músicos, e ele mesmo um trompetista de uma técnica impressionante; o singular baterista Dan Weiss; ou a líder, compositora e vibrafonista Patricia Brenan.
Atenção: o disco «Breaking Stretch» de Patricia Brenan de 2024 acaba de vencer o prémio do disco do ano no critics poll da Down Beat e ela foi votada também para a categoria de vibrafonista do ano. O disco e a instrumentista foram também nomeados na votação Jazzlogical.
Domingo 10, 21.30, Anfiteatro ao Ar LivreO disco «Run the Gauntlet» da pianista Kris Davis foi outro dos acontecimentos do ano passado e ela foi, curiosamente, votada a pianista do ano na mesma votação; da mesma forma que o seu disco está entre os três mais votados. E já agora também na votação de JazzLogical.
A pianista tem vindo a revelar-se uma das grandes músicas da actualidade, e Run the Gauntlet é um disco arrebatador, de um Jazz inequívoco.
Sábado 2, 21.30, Anfiteatro ao Ar Livre
A mais arrojada das minhas recomendações vai para o trio Thumbscrew, que pratica uma música verdadeiramente contemporânea. A guitarra de Mary Halvorson é única, dissemelhante na técnica, no som e no discurso, de uma modernidade irredutível, e os músicos que a acompanham, Michael Formanek e Tomas Fujiwara, são tudo menos meros acompanhantes. Música exigente, de grande rigor e aventura.
Sábado 9, 21.30, Anfiteatro ao Ar LivreAinda, as minhas recomendações vão para
Darius Jones – Legend of e’Boi «The Hypervigilant Eye»
Saxofone, bateria e contrabaixo, apenas; uma música muito dura que remete directamete para um Jazz dos anos 70 do século passado, com um som que por vezes parece cruzar Sonny Rollins e Archie Shepp.
Domingo 3, 21.30, Anfiteatro ao Ar Livre
e
João Próspero «Sopros»
Um quarteto de músicos do Porto, que editou no ano passado o CD «Sopros» (Porta-Jazz). Música de fantasia e criatividade.
Terça, 5, 21.30, , Anfiteatro ao Ar Livre
E enfim, para outros concertos estão por vossa conta e risco.
Jazz em Agosto
Fundação Calouste Gulbenkian
Director: Rui Neves
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