2015 - 13.ª Festa do Jazz do São Luiz
Prosseguindo a internacionalização ensaiada timidamente em anos anteriores, Carlos Martins programou para o primeiro concerto da 13ª. Festa do Jazz do São Luiz a Lina Nyberg Band, a que se seguiria a Orquesta de Jazz do Hot Club dirigida por Rainer Temple. Outros músicos estrangeiros alimentaram as masterclass: Leo Genovese e Tony Malaby tocaram integrados em diversos grupos e ainda Kaja Draksler fez um concerto solo no segundo dia.
Pedro Branco Trio
Em boa verdade o festival tinha-se feito anunciar na véspera, numa sala improvisada do Cinema Ideal, nas imediações do São Luiz. O guitarrista Pedro Branco estreava-se perante uma plateia interessada, a liderar uma das duplas rítmicas mais criativas do Jazz nacional, Demian Cabaud e Marcos Cavaleiro, mas a sua juventude não lhe permitiu aproveitar o capital disponível, perdido em divagações virtuosísticas, em originais próprios. Cabaud e Cavaleiro acabariam por impelir a guitarra, induzindo alguma vida ao concerto.
Lina Nyberg Band
Num registo quase sempre mais pop e menos interessante (e não necessariamente por esse motivo) do que lhe tínhamos ouvido em disco, o concerto de Lina Nyberg ficou aquém das expectativas, mesmo se se revelou sempre competente. Com temas retirados da sua discografia recente, Nyberg adoptou como modelo o formato canção, impedindo quaisquer veleidades jazzy da banda. «Daughter», dedicado à filha, um outro tema inspirado em Mozart, um fugaz cheirinho a Thelonious Monk, um mais interessante «Bicho de Conta» em evocação de Meredith Monk, «Caetano» dedicado a Caetano Veloso e finalmente «The Monster Song», retirado do ambicioso The Sirenades, fecharam o repertório.
Bons recursos vocais e boa presença de palco, permitiram um concerto agradável, mas nada mais.
Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal
Em tom morno decorreu também o segundo concerto da noite, com uma Orquestra de Jazz do Hot aquém do que lhe costumamos ver. Culpa do repertório, do director, ou do frio da noite, raros foram os momentos mais estimulantes. No desenho dos temas ou nas prestações individuais, o concerto nunca ultrapassou a competência, com raros solos a superar a mediania; excepção para Johannes Krieger (trompete) e Oscar Graça (piano).
O momento melhor da noite aconteceria já no encore, num curioso arranjo de «On The Sunny Side of The Street».
Pedro Branco Trio (jam session)
O final da noite traria de novo Pedro Branco, integrado no combo da Universidade Lusíada, na antecipação da jam session da noite. Melhor do que na véspera (Pedro Branco), o grupo revelar-se-ia à vontade num repertório de standards, com relevo para o guitarrista e o pianista João Coelho.
Piano Batuque
O primeiro dos concertos do Teatro Experimental Mário Viegas aconteceu no início da tarde de sábado, pelos Piano Batuque, duo formado por Pablo Lapidusas e Joel Silva.
Quatro temas apenas, «Formiguinha», «O que sera, que sera», «Ping Pong» e «Terra Branca» de Milton Nascimento, foram o argumento para o curioso diálogo entre a bateria e o piano, numa fórmula que se revelou prometedora mas ainda pouco explorada.
André Santos «Ponto de Partida»
Quarteto instrumental adicionado de duas vozes, o «Ponto de Partida» realizou um concerto irregular, denotando alguma imaturidade entre algumas boas ideias, outras claramente prematuras, e o inconseguimento (neologismo retirado do inventivo vocabulário da nossa presidenta) de outras.
Bons momentos estiveram a cargo dos solos de Ricardo Toscano (who else?) e ele mesmo, André Santos, embora o guitarrista partilhe do erro comum a outros jovens músicos de prolongar excessivamente os solos, quebrando o ritmo do concerto. Os temas mais conseguidos aconteceram na suite com que iniciaram a apresentação (de que não fixei o nome), «Zaire», em trio, e «Presságio» com que encerraram. Completamente desinteressante foi o tema cantado, «Mutantes», a roçar a vulgaridade.
Gileno Santana «Metamorphosis»
O grupo de Gileno Santana pratica um Jazz de fusão, perigosamente nos limites. Perigosamente devido à ausência de subtileza da música praticada, e que tem o seu expoente mais elevado na bateria heavy metal e numa guitarra que pratica um discurso sustentado em efeitos sobre efeitos. «Metamorphosis» deriva do Miles Davis eléctrico-pop, óbvio nos teclados, nos sons parasitas e no trompete e explícito num dos temas: «Eu não sou o Miles»; mas, como disse, falta-lhe a subtileza (e a novidade), substituída por uma energia desnecessária e desajustada.
Santana possui um som de teclado fulguroso e acutilante, mas «Metamorphosis» vive perigosamente no fio da navalha, não por ser Jazz ou deixar de o ser, mas pelo excesso de referências e pelo desequilíbrio na banda, onde nem todos parecem saber o que estão a fazer.
Maria João «Ogre»
Maria João é inequivocamente a maior cantora de Jazz nacional, e diria sem problemas uma das maiores cantoras de Jazz do planeta. Animal de palco natural, o seu génio radica na insaciedade com que se relaciona com o mundo exterior, como canibaliza formas e géneros, como se alimenta do público e da vida.
Maria João fez alguns dos mais tocantes concertos a que já assisti em toda a minha vida. Posto isto, Ogre está longe de ser o mais conseguido dos seus projectos - e já assisti a vários espectáculos do grupo -, muito por culpa dos teclados e da electrónica, dois músicos que não estão claramente à altura da sua «incontinência». E diria que Maria João tem a exacta noção desta debilidade, ao suportar-se cada vez mais nos dois outros membros da banda, Júlio Resende e Joel Silva; dois músicos seguríssimos.
Esta foi assim a actuação dos Ogre mais conseguida das que lhe assisti, com a Maria João a soltar-se perante o público, a improvisar e a envolver o público na sua loucura. Quando atacou «I get no kick from champagne...», Maria João tinha o público nas mãos...
Ensemble Super Moderne
Escrevi sobre o disco de estreia (LINK) do Ensemble: «O que faz a diferença no disco de estreia do Ensemble é, por um lado o primado da composição que lhe assiste, mas também as singulares combinações tímbricas, a excentricidade rítmica, as síncopes, os contrapontos intempestivos, o engenho que coloca nas imbrincadas fusões de escrita e improvisação, o nível instrumental elevadíssimo e o lato conhecimento musical e, enfim, o humor que começa no próprio nome do agrupamento (a invocação de uma modernidade afrancesada que passará como nota chic.) ... ou nas subtis piscadelas de olho a formas musicais alheias. E diria que o humor que a música do octeto toca rompe significativamente com a melancolia endémica que parece contagiar toda a nossa música ...
É um Jazz criativo, generoso, excitante, sem preconceitos consigo mesmo, mas que não se aceita como curiosidade étnica, que não pactua com o «’bora todos lá prá frente e depois se vê», e que se arrisca para lá das suas margens.».
E mais não digo: o Ensemble Super Moderne confirmou ao vivo a maturidade do seu Jazz.
Demian Cabaud Trio
Demian Cabaud apresentou-se na Festa do Jazz com um trio composto pelo também argentino pianista Leo Genovese e o baterista norte-americano Jeff Williams; uma formação que pratica uma música bastante diferente da que lhe conhecemos.
Música ausente de swing, angulosa, amelódica, cerebral, doseando a composição com intrincadas improvisações, moderna e instigante.
Confirmando-se um dos mais importantes músicos da cena nacional, realizou um dos momentos altos da Festa do Jazz 2015.
Combo da Escola de Jazz Luiz Villas Boas/ Hot Clube de Portugal (2014)
Defraudando expectativas, o combo vencedor do ano passado fez um concerto sem chama, em grande culpa pelo repertório de originais, ao contrário do que tinha realizado no ano passado, constituído (se bem me recordo) por standards.
João Guimarães Octeto «Zero»
Ambicioso projecto de João Guimarães (encomenda do Guimarães Jazz 2013, e que deu origem ao derradeiro disco da editora TOAP) trouxe ao palco do Mário Viegas as mesmas interrogações que já me tinham surgido na audição do disco: ideias interessantes e alguma originalidade contrariadas por falta de recorte e desaproveitamento da alargada paleta tímbrica, a sugerir a necessidade de uma maior ênfase na escrita. A repensar com urgência.
Deux Maisons
Deux Maisons, grupo liderado pelo trompetista Luis Vicente, composto pelo baterista Marco Franco e pelos irmãos Ceccaldi, Théo e Valentim, em violino e violoncelo, revelou-se incipiente nas ideias, basicamente suportado pelas cordas que se repetiam numa estrutura elíptica que tendia a aprisionar os restantes instrumentos, e num mesmo esquema para todas as composições: um dos músicos começa a tocar um tema muito simples, por vezes, diríamos, um quase-tema, apenas duas ou três notas, dando o mote para os outros que o seguem, derivando num frenesim colectivo que culmina num momento de tensão a que se segue o inevitável repouso. Sempre igual, sempre o mesmo modelo para todas as composições.
Com bastante de teatral na apresentação, o Deux Maisons foi pouco convincente nas propostas musicais.
Kaja Draksler
Jovem pianista eslovena, Kaja Draksler trouxe-nos uma interpretação pessoal de coisas tão diferentes quanto a música popular eslovena, uma improvisação sobre Messiaen, e temas de influência explícita de Steve Reich, John Cage, Jaki Byard ou James P. Johnson.
A originalidade nem sempre foi conseguida, mesmo se nas interpretações ela revelou uma inquietude auspiciosa a par de qualidades técnicas irrefutáveis, apenas traída pela (juventude e) excessiva dispersão. Um bom final com um dramático «Humans».
Uma pianista a seguir com atenção.
Desidério Lázaro
Apresentação pública do mais recente CD de Desidério Lázaro, Subtractive Colors de 2015, este foi outro dos momentos altos da Festa do Jazz. Não me quero repetir, dado que já escrevi sobre este disco (LINK); referindo apenas dois momentos, por diferentes razões: o trio – dois saxofones e bateria, a todos os títulos memorável, com Capinha e Lázaro no seu melhor com a esfuziante bateria de Luis Candeias lá atrás - em «Absence of White», e o tema pop que dá o nome ao CD, com Carolina Varela e João Neves a sugerir outro disco, necessário também, como demonstrou.
André Matos
Alguma expectativa rodeava o encontro no palco do São Luiz de André Matos e Tony Malaby, ademais acolitados por Demian Cabaud e André Sousa Machado, e ainda o convidado Gonçalo Marques.
Concerto excessivamente melancólico, diria que André Matos desaproveitou a presença do explosivo e criativo saxofonista, perdendo-se amiúde em elucobrações virtuosísticas. adiando para outro momento uma avaliação definitiva.
As escolas.
«Mas as crianças, senhor» diria o poeta. Sim, as crianças, os jovens e os menos jovens, os alunos das escolas de Jazz são sempre o melhor da Festa do Jazz do São Luiz. É um prazer imenso observar as dezenas de jovens entusiasmados que todos os anos passam pelo São Luiz expondo a sua arte, a vaidade do seu virtuosismo, a alegria de tocar Jazz.
É uma das razões - a principal - porque eu sou desde a primeira hora um indefectível da Festa do Jazz do São Luiz.
------------------ Nota Final.
Tem havido uma polémica em torno da competição a que os músicos e as escolas se submentem na Festa do Jazz.
É verdade que existe uma injustiça na competição, no próprio acto-facto da competição, a começar pela própria relatividade do voto do júri. Tendo participado em alguns dos júris da Festa (a propoósito: quem avalia o júri?), reconheço que o voto é condicionado por vários factores, eventualmente alguns nem sempre musicais. Mesmo se o júri é constituído por sensibilidades diferentes, normalmente um músico, um crítico e um organizador de concertos ou festivais, e também por essas mesmas diferenças, as votações não são consensuais, com algumas excepções, e o resultado é a consequência de uma votação e um compromisso. Pode-se questionar tudo, entre a atenção, os gostos e autoridade do júri, sendo que a própria actuação dos jovens é afectada por inúmeros factores que podem também eles influenciar o júri. Pode-se questionar também a própria razão ou propriedade da votação, que premeia ou pode premiar os jovens que têm mais acesso à música e ao Jazz, que têm melhores professores, que estão perto dos centros. Pode-se questionar tudo. Pode-se argumentar que muitos jovens músicos tenderão a desanimar, confrontados com situações de injustiça, porque naquele dia a banda não tocou tão bem como noutos dias, em seu prejuízo, ou porque o júri não foi sensível às suas qualidades. Pode-se argumentar que Thelonious Monk ou Duke Ellington talvez nunca tivessem ganho prémios nos concursos que têm o seu nome.
A minha pergunta é: So What? – somos por natureza competitivos e vivemos numa sociedade competitiva. Além de que o prémio da Festa do Jazz não é por si só garantia do sucesso, muitos dos músicos votados desaparecem, enquanto outros nunca votados acabam por se afirmar no Jazz. Apenas, a Festa do Jazz pode dar algum reconhecimento e facilitar os que se evidenciam como instrumentistas e que querem continuar a ser músicos de Jazz. Eu creio que a votação pode ser um estímulo aos músicos e às escolas para fazerem mais e melhor. Muitos músicos e muitas escolas poderiam e deveriam talvez perguntar-se se não deveriam – e o que deveriam – fazer melhor, para convencer os júris. Mesmo aqueles júris, por questionáveis que sejam. Muitas escolas e muitos músicos da periferia argumentam que não têm os meios para ganhar, e muitos bons músicos se perdem em pequenas localidades onde não podem avançar devido ao desequilíbrio nas bandas no necessário confronto que os estimula a crescer. Mas a verdade é que é o bom trabalho que as escolas e os alunos vêm fazendo todos os anos que é a garantia da continuidade da Festa do Jazz, do seu crescimento e da sua história. Hoje podemos dizer: no ano em que fulano ganhou, ou cicrano que ganhou...
Os argumentos são muitos e igualmente válidos, mas eu gostaria de perguntar aos detractores das votações quantas vezes já se referiram a um ou outro «ídolo» como um dos ganhadores do Critics Poll do Down Beat – mesmo quando os contestam – ou quantas vezes se referem a um disco como um «quatro estrelas» como classificação própria.
Creio ter deixado clara a minha opinião: a Festa do Jazz deve ter votações, e elas devem incluir também as escolas superiores e os músicos das escolas superiores. A votação é parte da personalidade da Festa do Jazz.
São os pretendentes a músicos de Jazz que fazem a Festa do Jazz, com toda a sua juventude e a sua alegria, e eu diria também, a sua competição. A matéria prima da Festa do Jazz são os jovens músicos, os alunos das escolas e as escolas, e a sua vontade de fazer melhor.
A Festa do Jazz do São Luiz é o maior encontro de músicos de Jazz nacional; é a maior celebração do Jazz em Portugal. Assim seja.
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Qui 26 | Lisboa | Cinema Ideal | 22.00 | Pedro Branco Trio | Pedro Branco (g), Demian Cabaud (ctb), Marcos Cavaleiro (bat) |
Sex 27 | Lisboa | Teatro São Luiz (SP) | 21.30 | Lina Nyberg Band | Lina Nyberg (voz), David Stackenas (g), Cecilia Persson (p), Josef Kallerdahl (ctb), Peter Danemo (bat) |
Teatro São Luiz (SP) | 23.00 | Rainer Temple dirige Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal | Rainer Temple (dir), Ricardo Toscano (sa, ss), Daniel Vieira (sa, cl, f), César Cardoso (st, cl, f), Mateja Dolsak (st, cl, f), Paulo Gaspar (sb, clb), Lars Arens (trb), Xavier Ribeiro (trb), Rúben da Luz (trb), Diogo Costa (trbb), Diogo Pedro (t, flis), Johannes Krieger (t, flsi), Gonçalo Marques (t, flis), Tomás Pimentel (t, flis), Luís Cunha (t, flis), Nuno Costa (g), Óscar Graça (p), António Quintino (ctb), Pedro Felgar (bat) | ||
Teatro São Luiz (JI) | 24.30 | jam session (Un. Lusíada) |
Pedro Branco (g), João Coelho (p), André Ferreira (ctb), João Sousa (bat) | ||
Sáb 28 | Lisboa | Teatro São Luiz (JI) | 14.30/ 19.00 |
Escolas de Música | |
Teatro São Luiz (TEMV) | 15.00 | Masterclass com Leo Genovese |
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Teatro São Luiz (TEMV) | 16.00 | Piano Batuque | Pablo Lapidusas (p), Joel Silva (bat) | ||
Teatro São Luiz (TEMV) | 17.10 | André Santos «Ponto de Partida» |
Ricardo Toscano (sa), André Santos (g), João Hasselberg (ctb), João Pereira (bat) + Joana Espadinha (voz), Beatriz Pessoa (voz) | ||
Teatro São Luiz (TEMV) | 18.20 | Gileno Santana «Metamorphosis» |
Gileno Santana (t), Pedro Cardoso Peixe (g), Sérgio Alves (tec), Sérgio Marques (b), Hugo Danin (bat) | ||
Teatro São Luiz (SP) | 19.30 | Maria João «Ogre» |
Maria João (voz), João Farinha (f-r, tec), André Nascimento (laptop, elec), Júlio Resende (p), Joel Silva (bat, elec) | ||
Teatro São Luiz (SP) | 21.30 | Ensemble Super Moderne | José Pedro Coelho (st, ss), José Soares (sa), Rui Teixeira (sb, clb), Paulo Perfeito (trb), Eurico Costa (g), Carlos Azevedo (p), Miguel Ângelo (ctb, b-el), Mário Costa (bat) | ||
Teatro São Luiz (SP) | 23.00 | Demian Cabaud Trio | Leo Genovese (p), Demian Cabaud (ctb), Jeff Williams (bat) | ||
Teatro São Luiz (JI) | 24.30 | Combo da Escola de Jazz Luiz Villas Boas/ Hot Clube de Portugal (2014) | Liliana Fartaria (voz), Adriano Pereira (cl), Ricardo Maia (g), Diana Cangueiro (p), Tiago Martins (ctb), Milton Crespo (bat) | ||
Dom 29 | Lisboa | Teatro São Luiz (JI) |
14.30/ 19.00 |
Escolas de Música |
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Teatro São Luiz (TEMV) | 15.00 | Masterclass com Tony Malaby |
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Teatro São Luiz (TEMV) | 16.00 | João Guimarães Octeto »Zero» |
João Guimarães (sa), Mário Santos (st), Susana Santos Silva (t), Nico Tricot (f), AP (g), Eurico Costa (g), José Carlos Barbosa (b-el), José Marrucho (bat) | ||
Teatro São Luiz (TEMV) | 17.10 | Deux Maisons | Luís Vicente (t), Théo Ceccaldi (v), Valentin Ceccaldi (celo), Marco Franco (bat) | ||
Teatro São Luiz (TEMV) | 18.20 | Kaja Draksler «Solo» |
Kaja Draksler (p) | ||
Teatro São Luiz (SP) | 19.30 | Desidério Lázaro «Subtractive Colors» |
Desidério Lázaro (s), João Capinha (s), Paulo Gaspar (cl), João Hasselberg (ctb, b-el), Mário Franco (ctb), Luís Candeias (bat), Carolina Varela (voz), João Neves (voz) | ||
Teatro São Luiz (SP) | 21.30 | Afonso Pais e Rita Maria «Além das Horas» |
Rita Maria (voz), Afonso Pais (g), Albert Sanz (p), António Quintino (ctb), Luís Candeias (bat) | ||
Teatro São Luiz (SP) | 23.00 | André Matos Trio + Tony Malaby | Tony Malaby (st), André Matos (g), Demian Cabaud (ctb), André Sousa Machado (bat) |
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Direcção Artística: Carlos Martins
Produção Executiva: Luís Hilário
Director Artístico do São Luiz: Aida Tavares
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www.sonsdalusofonia.com