JazzLogical 10 de Novembro de 2025

Agenda Jazz

Os destaques da semana vão para o Guimarães Jazz que continua na quinta-feira;
mas esta semana a Cecile McLorin Salvant canta, e os Something Else! tocam no CCB;
o ecléctico Misty Fest leva à Casa da Música e ao Teatro São Luiz o pianista Shai Maestro, Salomão Soares e Moisés P. Sánchez;
e há mais.



Misty Fest (entre outras coisas)

Casa da Música: Shai Maestro, seg 10
Casa da Música: Moisés P. Sánchez, ter 11

Teatro São Luiz: Salomão Soares Trio, seg 10
Teatro São Luiz: Salomão Soares Trio, ter 11
Teatro São Luiz: Moisés P. Sánchez, qua 12 (18.30)
Teatro São Luiz: Makaya McCraven, qua 12



CCB

Tardou, depois de uma longínqua e memorável presença no Angra Jazz de 2013, mas a cantora ganhou finalmente o reconhecimento nacional.
Cécile McLorin Salvant de seu nome, regressa ao CCB com honras de Grande Auditório.
Terça 11, 20.00.

E ainda no CCBjazz-pop-funk-soul com os Something Else! um agrupamento de formação fluida que tem o eminente saxofone de Vincent Herring nos comandos.
Domingo 16, 19.00



Porta Jazz

tellKujira, qui, 13
«A música oscila entre o contemporâneo, a eletrónica, o art rock e o free jazz, e baseia-se em sessões de improvisação»

Baikal, sáb, 15
« O projeto baikal, idealizado pelo guitarrista Eurico Costa, representa um paradigm shift no cenário musical contemporâneo, orquestrando uma simbiose sinestésica entre os domínios do jazz moderno e as paisagens líquidas do post-rock»



Tasca das Artes
o Indra Trio (de Luis Barrigas, João Custódio e Jorge Moniz) apresentam «Brahma», sex 14, 18.30



E outros concertos que estão na Agenda Jazz


Sobre o Guimarães Jazz poderão ler o texto integral do que sobre ele escrevi AQUI.

O festival continua no Centro Cultural Vila Flor, nos dois auditórios.

Mark Turner é um dos grandes saxofonistas da actualidade, um tecnicista com toda a história do saxofone Jazz nos dedos e no peito. A música de Turner  almeja a perfeição, e será talvez mais rigorosa que emotiva; e curioso que ele se tenha feito rodear de músicos mais dramáticos como o pianista David Virelles ou o portentoso Nasheet Waits. Reunião de estrelas - e seria injusto se não citasse também o trompete de Jason Palmer e Matt  Brewer no contrabaixo -, o concerto do quinteto de Mark Turner promete ser um dos momentos altos do Guimarães Jazz deste ano.
Quinta 13.

O festival prossegue na sexta com um trio que junta Craig Taborn, Tomeka Reid e Ches Smith, piano e teclados, violoncelo e bateria.
Creio que a última vez que Craig Taborn esteve em Portugal, tocou a solo num concerto memorável na Amadora, em 2022, e antes disso ele tinha tocado em Guimarães e na Culturgest em duo - dois pianos - com Vijay Iyer, em 2019. A solo, duos e trios, em todas as formações, e formas, Craig Taborn é um dos grandes pianistas da actualidade, e ele é o campeão da diversidade. Bastaria talvez dizer que a primeira vez que ele tocou em Portugal, ele era o vulcânico pianista da vulcânica banda de James Carter, em 1995, em Cascais!
Neste trio, com que se apresentará em Guimarães, no entanto, o programa refere:
«... será aquele que mais se afasta da ortodoxia do jazz clássico, tanto em termos de instrumentação – piano-violoncelo-bateria é certamente um formato invulgar e raramente explorado – como ao nível da identidade estilística dos músicos envolvidos, todos eles ativamente envolvidos em projetos que desafiam as fronteiras rígidas dos géneros e privilegiam a hibridação musical»; e creio que o texto é elucidativo.
Concerto que arrebatará as opiniões - excelente para uns, aborrecido para outros. Lá estaremos.
Sexta 14.

O concerto do princípio da tarde de sábado resulta de outra colaboração, com a Sonoscopia, que não tem como interesses confessos o Jazz (e se eles dizem que não tocam jazz, quem sou eu para os desmentir!); donde na minha opinião resultaram os menos interessantes concertos do Guimarães Jazz.
Este ano o festival traz um trio belga-norueguês de Kvelvane – Østvang – Vermeulen. Nada como ir ver para comprovar como estou enganado.
Sábado 15, 16.00.

O jovem Alex Hitchcock é já mais do que uma promessa. Com seis discos já editados, o primeiro, logo, «All Good Things», de 2019, fez soar as campainhas: there’s a new kid in town! Nascido em Londres, mas a viver em New York, Hitchcock fez-se notar como saxofonista e improvisador, mas também como compositor. A única dúvida será a banda, que não conheço e, para além do pianista, não consegui perceber se são companheiros de estrada ou reunião de ocasião. Todo o suspense para o concerto do jovem Hitchcock, sábado 15 às 18.00.

Danilo Pérez com Bohuslän Big Band. As chamadas orquestras de repertório podem ser coisas muito diferentes, e há umas mais interessantes que outras. A Bohuslän Big Band é uma orquestra sueca que começou por ser uma banda militar no século XIX, mas que se transformou no final do século passado numa orquestra de Jazz, convidando músicos como George Gruntz, Quincy Jones, Bob Mintzer, Vince Mendoza, Steve Swallow, Lew Soloff ou Christian McBride, e tocando repertórios eclécticos que incluem Maria Schneider, Frank Zappa, Gil Evans e Miles Davis. Não fugindo à matriz das orquestras clássicas, em muitas a definição de orquestra de Jazz reside apenas no repertório, mas outras possuem improvisadores de valor e revelaram elasticidade. O panamiano Danilo Pérez, que foi por mais de uma década o pianista da banda de Wayne Shorter (com John Patitucci e Brian Blade), tem dirigido a orquestra, contribuindo com um repertório latino que provocou um interessante e inesperado volte-face na direcção da orquestra, a que teremos muita curiosidade de assistir.
Concerto de encerramento do festival, sábado 15.

Texto integral AQUI


 

ANGRA JAZZ
O ano de todos os imprevistos

 

 

Angra Jazz por Leonel Santos

Angra Jazz por Paulo Barbosa


II Conferência Internacional "Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania - Diferentes Olhares, Outras Perspetivas"

22, 23, 24 e 25 de Outubro
Lisboa, Biblioteca de Alcântara-José Dias Coelho

A «natureza» das mulheres no Jazz
25 de Outubro, 14.00
Leonel Santos


A Baronesa, de Hannah Rothschild
uma biografia de Pannonica, A baronesa do Jazz


Música negra, de Leroi Jones (Amiri Baraka)


Harlem, de Mikaël
(inspirado na vida de Stephanie St. Clair - BD)


Próximos Concertos Internacionais

Immanuel Wilkins Blues Blood, Guimarães Jazz, 6 de Novembro
Fred Hersch Trio, Guimarães Jazz, 8 de Novembro
Dena DeRose, Caldas da Rainha, 8 de Novembro
Shai Maestro, Porto, Casa da Música, 10 de Novembro
Cecile McLorin Salvant, CCB, 11 de Novembro
Mark Turner Quintet, Guimarães Jazz, 13 de Novembro
Craig Taborn, Tomeka Reid e Ches Smith, Guimarães Jazz, 14 de Novembro
Alex Hitchcock Quintet, Guimarães Jazz, 15 de Novembro
Danilo Pérez com Bohuslän Big Band, Guimarães Jazz, 15 de Novembro
John Hollenbeck & Orquestra de Jazz de Espinho, Auditorio de Espinho, 12 de Dezembro

Mais concertos e informação na Agenda Jazz


Próximos Festivais

Novembro Jazz, S. João da Madeira, Novembro
Dias do Jazz
, Caldas da Rainha, Outubro, Novembro
Guimarães Jazz, Novembro

Mais concertos e informação na Agenda Jazz

 
 
 
 
 
 

 

O Contador de Histórias de Paulo Gil

Ao longo das páginas de O Contador de Histórias, o leitor cruza-se com as conversas, muitas delas publicadas agora pela primeira vez, entre Paulo Gil e nomes maiores como e entre tantos outros, Amália, Anoushka Shankar, Piazzolla, Haden, Elton John, Frank Kimbough, George Harrison, Ivan Lins, Freitas Branco, Julliete Gréco, Vinicious, Miles Davis, Keith Jarrett, Magikyce, Maria João, Laginha, Paul McCartney, Quincy Jones ou Robert de Niro.

“Trata-se da História, este livro é uma história das estórias do Jazz em Portugal e com um registo impressionante de 45 personagens maiores da música no mundo”, salienta Maria Barroso, da Editora Obnósis.

O livro está à venda na editora Obnósis e também através da Wook, da Fnac e da Bertrand.

 

Acaba de sair o «dicionário subjectivo» do José Navarro de Andrade, que dá pelo nome de Toque de Jazz. E é isso mesmo: um dicionário subjectivo, feito por um tipo que já ouve Jazz há cinquenta anos.    
E já o desfolhei e li as primeiras entradas: o «AABA» da estrutura clássica de uma composição Jazz; o «Anatomia de um crime» (as entradas estão em português), o clássico do Otto Preminger com banda sonora de Duke Ellington; o rei «Armstrong» e os «Automóveis», as tragédias rodoviárias do Jazz. E ainda não cheguei lá, mas já vi que o dicionário acaba com o «Ben Webster» e o «West Coast Jazz», o «Song X» de Ornette/ Metheny, a paixão de «Lester Young e Billie Holiday» e o «Zénite: 1959», o ano de todos os prodígios.
E o livro acaba com «50 álbuns essenciais» mais cinquenta, e um «Índice Cronológico».
Ainda apenas comecei, mas já confirmei: Toque de Jazz é um livro subjectivo, como não podia deixar de ser, apaixonado,
e obrigatório para os amantes do Jazz.

Toque de Jazz, José Navarro de Andrade, The Poets and Dragons Society

Se o jazz ajudou a preparar o terreno para a nossa democracia, 50 anos depois, mantem o seu papel primordial: um reduto de liberdade individual, uma música viciante, comprometida socialmente, e aberta à exploração criativa. O “jazz é cultura”, para recuperar o mote do primeiro Cascais Jazz, mas é acima de tudo democracia. Afinal, não há outra expressão artística, ao mesmo tempo, tão comprometida com a liberdade individual e com o compromisso coletivo como o jazz. Uma combinação singular e de valor inestimável. Ontem, como hoje.

Pedro Adão e Silva
(Hot News 19)

Hot News 19

Acaba de sair o número 19 da Hot News, (revista do Hot Club de Portugal), que contém um dossier comemorativo dos 50 anos da liberdade: «Jazz, Liberdade e Democracia».

Índice:
Editorial - Pedro Moreira
Uma casa para 50 anos - António Campinos Poças
João Abel Manta
A música da liberdade, ontem como hoje - Pedro Adão e Silva
Jazz, Liberdade, Democracia e Mulheres - Cristina Marvão
As portas que o Cascais Jazz abriu - José Jorge Letria
O caso Charlie Haden - Leonel Santos
Dois CD, dois olhares inquietos sobre o mundo, Charlie Haden e Carla Bley - António Branco e Leonel Santos
Entrevista a José Soares - Leonel Santos
Dia Internacional do Jazz - José Ribeiro Pinto
Às voltas com Alegria - António Campino Poças
O Gualdino e as «sessões da drogaria ideal» - António José Barros Veloso
Hot em números - António Campino Poças
Um ano fora de portas e os 100 anos do Villas - Luis G. Cunha

Capa: Django Reinhardt por João Abel Manta (1948)
(e ainda um inspirado retrato de Boris Vian do mesmo João Abel Manta)

 

Não ao Genocídio!

Holocausto nunca mais!

«todo o mundo vê os crimes de Israel»
Avi Mograbi, israelista, cineasta,
Avital Baraka, israelita, curadora de arte,
Adva Selzer, israelita, historiadora ...


 

 

Os Eternos

Jack DeJohnette
baterista, 1942 - 2025
Ray Drummond
contrabaixista
1946 - 2025
 
Jim McNeely
Pianista, compositor, arranjador, professor
1949 - 2025
 


 

50 anos Cascais Jazz
O Cascais Jazz n'A Capital
O Cascais Jazz no República
O Cascais Jazz de 1971 em All Jazz n.º2, 2002
O Cascais Jazz no Diário de Lisboa
 

Os CDs:

 

 

Conferência «As Mulheres e o Jazz», 7 de Dezembro 2018, ISCTE, Lisboa, Leonel Santos

Integrada na Conferência Internacional
«Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania – Diferentes Olhares, Outras Perspetivas»,
ISCTE 6 e 7 de Dezembro 2018

 

 

 

O gato escarninho

 

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